A área estimada de cultivo para a safra 2022/2023 é de 831.786 hectares. A produtividade esperada é de 7.337 kg/ha.
O plantio de milho prosseguiu de maneira mais lenta, pois parte da área destinada ao cultivo será implantada após as operações de colheita e/ou o plantio de outras culturas, como é o caso de trigo e soja. Em parte do Estado, a ocorrência de chuvas volumosas tornou momentaneamente inapropriada a semeadura em função do alto teor de umidade nos solos. As lavouras implantadas alcançaram 73% da projeção e estão 99% em desenvolvimento vegetativo; 1% iniciou a fase de florescimento. As chuvas beneficiaram o desenvolvimento e o aproveitamento de nutrientes suplementados em adubações de cobertura.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Fronteira Oeste as lavouras apresentam bom desenvolvimento após o retorno das precipitações. A cultura ainda se encontra em um estágio de tolerância a pequenos estios. A elevação das temperaturas, de maneira geral, não causou maiores problemas e foi possível retomar aplicações de fertilizantes nitrogenados e potássicos e o controle de invasoras.
Em Maçambará, as lavouras irrigadas permanecem com potencial elevado, sem estresse até o momento. Em Santa Margarida do Sul, alguns produtores estão realizando o plantio mesmo não havendo indicação de semeadura para o município no Zoneamento Agrícola ao longo do mês de outubro. Além de estarem sem cobertura de seguro agrícola, estas lavouras devem atingir as fases críticas de pendoamento e floração no mês de janeiro, quando as temperaturas normalmente superam os 30°C e ocorrem longos períodos secos, com alto risco de impacto no potencial produtivo.
Na de Caxias do Sul, foram poucos os momentos em que foi possível o acesso de máquinas para realizar a semeadura devido à recorrência de chuvas e à umidade elevada nos solos. As plantas seguem com desenvolvimento lento devido ao pouco acúmulo de calor, porém as lavouras apresentam bom estande. Nos municípios de maior altitude, como os próximos aos Aparados da Serra, a semeadura se concentrará apenas no mês de novembro, minimizando os riscos climáticos.
Na de Erechim, as lavouras previstas foram plantadas, e encontram-se em desenvolvimento vegetativo. Houve sensível melhora na qualidade das lavouras após a adubação nitrogenada em cobertura e a ocorrência de chuvas volumosas.
Na de Ijuí, a implantação de lavouras manteve-se em 92%. Predomina a fase vegetativa, e o desenvolvimento está um pouco inferior ao de anos anteriores na mesma época. No período entre 17 e 23/10, a cultura retomou seu crescimento esperado, com alongamento dos colmos e estrutura foliar mais viçosa. Houve emissão de elevado número de folhas novas e o rápido fechamento das entrelinhas, contribuindo para a proteção do solo e para a supressão de plantas daninhas. As folhas aumentaram a coloração verde mais intenso, conferindo aspecto visual de lavoura com alto potencial produtivo e excelente sanidade. As primeiras lavouras implantadas iniciaram o processo de floração.
Na de Pelotas, o plantio alcançou apenas 11% da área prevista. A implantação se estenderá assim, de forma lenta e escalonada, até o final de dezembro. As lavouras foram favorecidas pela ocorrência de chuvas de alto índice pluviométrico.
Na de Santa Rosa, foi bastante perceptível a evolução no desenvolvimento das plantas durante o período após as adubações, as chuvas e a elevação das temperaturas. Assim, é excelente o aspecto geral das lavouras, e o porte de plantas já ultrapassa um metro.
Na de Soledade, as condições de tempo, com temperaturas mais altas na segunda metade da semana e com o predomínio de radiação solar satisfatória entre nuvens, beneficiaram a cultura, mantendo o teor de umidade dos solos adequado.
Comercialização (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Estado, o valor médio cresceu +0,71%, passando de R$ 84,00 para R$ 84,60. O produto disponível em Cruz Alta permaneceu em R$ 90,00.
Fonte: Informativo Conjuntural n° 1734, Emater/RS