Disponível no: BOLETIM INFORMATIVO – VOLUME 28, Nº 1, ANO 2019 ISSN 1679-0901  da Sociedade Brasileira da Ciência das Plantas Daninhas.

Autores: Claudia Oliveira (1); Sandra M. Mathioni (1); Lúcio Lemes (1); Eduardo Ozório (1); Adilson Jauer (2); Thomas Altmann (2); Milto Facco (2); Esidoro Bartz (3); Daniel D. Rosa (1)

A equipe de Monitoramento de Resistência da Syngenta Proteção de Cultivos identificou uma população de caruru (Amaranthus hybridus) resistente ao glyphosate, proveniente da região de Pelotas, no Rio Grande Sul. No final de 2018 identificou-se uma propriedade onde foi observado baixo controle de plantas de caruru após repetidas aplicações de glyphosate, sendo relatado pelo agricultor que as plantas sobreviviam a doses acima de 1500 g e.a/ha.

Para taxonomia do biótipo, algumas plantas foram enviadas para o Herbário Anchieta (PACA) do Instituto Anchietano de Pesquisa/UNISINOS onde foi identificado como Amaranthus hybridus L. (PACA 118720). Além da identificação taxonômica clássica, utilizou-se a identificação molecular. Parte dessas plantas foram submetidas a testes em casa de vegetação, onde verificou-se a sobrevivência de 100% das plantas tratadas com 1000 g e.a/ha de glyphosate.

As plantas sobreviventes foram submetidas a sequenciamento do DNA relativo ao gene EPSPs, e identificou-se em 100% das plantas sobreviventes a presença da tripla mutação (TAP-IVS: T102I, A103V e P106S), que está correlacionada a alta resistência ao glyphosate

Para determinação do fator de resistência a glyphosate, estudos estão em andamento, além de estudos complementares, para avaliar a existência de resistência múltipla a outros mecanismos de ação. Vale ressaltar a necessidade de um comunicado de alerta aos agricultores do Rio Grande do Sul, além do reforço da adoção de boas práticas agrícolas, visando conter a dispersão dessa população para novas áreas, dentro e fora do estado.

Este é o primeiro relato de Amaranthus hybridus resistente a herbicida no Brasil, sendo pela primeira vez identificado a tripla mutação no gene EPSPs conferindo resistência a uma população de planta daninha no país.

Para maiores informações entrar em contato com Daniel D. Rosa (daniel.rosa@syngenta.com)

1 – Gerenciamento de Resistência, Syngenta Proteção de Cultivos Ltda; 2- Desenvolvimento Técnico de Mercado, Syngenta Proteção de Cultivos Ltda; 3 – Consultor Técnico, Unisoy

Fonte: Boletim Informativo – SBCPD

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