O primeiro levantamento da T&F Agroeconômica do potencial produtivo de trigo da safra 2020/21 do Mercosul mostra a possibilidade de crescimento de 4,0 milhões de toneladas na disponibilidade do Bloco, como mostra a tabela abaixo:
Em que pese os problemas político-econômicos da Argentina, o trigo ainda é, naquele país, uma grande alternativa de produção e os agricultores, golpeados com o aumento dos seus custos, ficam sem opção a não ser tentar aumentar a área para manter os seus ganhos, embora haja notícias de que poderão usar menos tecnologia para rebater o aumento de impostos determinado pelo governo.
Com isto, decidimos adotar um número médio das projeções do potencial produtivo do país em 20,5 milhões de toneladas, com um aumento de 1,7 MT sobre a safra anterior, ou 9,04%.
Para o Brasil, nosso número do potencial produtivo é de 7,2 milhões de toneladas, porque, até o momento, os prognósticos são de clima favorável e aumento de área de porque, no ano passado, o Paraná teve clima adverso e recuo na sua produção. Com isto, o aumento do potencial produtivo deverá ser ao redor de 1,6 milhões de toneladas ou 28,57%.
O Paraguai deverá ter um aumento significativo de 60% no seu potencial produtivo, passando de 1,0 para 1,6 milhões de toneladas devido ao aumento de área e ao clima extremamente favorável sobre as lavouras do país. O detalhe é que a colheita poderá ser iniciada já no final de julho, quase um mês antes da colheita do Paraná, no Brasil.
O Uruguai deverá aumentar a sua disponibilidade de trigo para a próxima safra, segundo estimativa de Monitor Agrícola, de Montevideo. O país aumentou o seu potencial produtivo de 600 mil para 700 mil toneladas (ou até 800 mil tons, segundo alguns analistas locais).
Fonte: T&F Agroeconômica