A baixa disponibilidade hídrica em especial nas regiões Sul do Brasil, vem assolando lavouras de soja nos estados no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Embora a CONAB tenha estimado aumento de produção de soja na safra 2021/22, há estimativas de redução da produtividade média em kg ha-1, logo, esse aumento de produção é atribuído basicamente ao aumento da área cultivada com soja, que em média é 3,8% superior a safra passada.

Dentre os estados citados anteriormente, o Paraná é um dos que vêm sofrendo maiores perdas em função da baixa disponibilidade hídrica. Períodos prolongados de estiagem, abrangendo fases determinantes do desenvolvimento da soja, como florescimento e frutificação tem colocado muitas regiões do estado em situação crítica. Atualmente, as lavouras estão classificadas, em termos de condições qualitativas, como 60% boas, 28% regulares e 12% ruins (CONAB, 2022).

Ainda que as condições sejam desfavoráveis a ocorrência de pragas e doenças, a incidência delas em algumas lavouras tem agravado ainda mais as perdas de produtividade, contribuindo assim, para a redução da rentabilidade da lavoura. Em uma grande maioria, as lavouras que em parte resistem a estiagem, apresentam como resultado grãos mal formados e com pouco peso e volume.

Em Santa Catarina, as variações climáticas também estão presentes, resultando em períodos de escassez hídrica, contudo, com efeitos menos severos, o que possibilita estimar rendimento médio superior ao alcançado na safra passada (CONAB, 2022). No Rio Grande do Sul, a grande anomalia negativa de precipitação observada no mês de dezembro tem contribuído para a redução da disponibilidade hídrico dos solos, fato que tem preocupado agricultores gaúchos, em especial pelo efeito negativo no crescimento e desenvolvimento das plantas de soja.



Danos como falhas na emergência, desenvolvimento inicial lento e desuniforme das plantas infelizmente são comuns das lavouras gaúchas que dependem da precipitação pluvial. Segundo dados da CONAB, das lavouras já implantadas, cerca de 2% estão em estádio de floração, 89% em desenvolvimento vegetativo e 9% em emergência.

Para a safra 2021/22 de soja, o levantamento realizado pela CONAB estima uma redução média de produtividade nacional de aproximadamente 1,4% até o presente momento, logo, o aumento de produção de aproximadamente 2,3% se deve principalmente ao aumento da área cultivada com o grão (3,8%). Cabe destacar que grande parta das lavouras gaúchas ainda se encontram em desenvolvimento vegetativo, sendo assim, condições de boa disponibilidade hídrica durante o período reprodutivo da cultura são determinantes para a obtenção de boas produtividades.

Assista o vídeo abaixo e confira o que o professor Alfredo Albrecht tem a dizer sobre os impactos da forte estiagem na cultura da soja.


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Referências:

 CONAB. ACOMPANHAMENTO DA SAFRA BASILEIRA: GRÃOS – SAFRA 2021/22, 4° LEVANTAMENTO. Companhia Nacional de Abastecimento, janeiro, 2022. Disponível em: < https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/graos >, acesso em: 11/01/2022.

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