Atualmente, o caruru é uma das mais preocupantes e competitivas plantas daninhas que infesta culturas anuais como soja a milho. A planta matocompete com a cultura por recursos como água, radiação solar e nutrientes, limitando a produtividade da lavoura.
Dentre as principais espécies de caruru consideradas plantas daninhas, o Amaranthus hybridus se destaca no Sul do Brasil, apresentando ascensão de áreas infestadas. Como principais características, essa planta apresenta rápido crescimento e desenvolvimento, elevada habilidade competitiva e grande produção de sementes, o que possibilita diversos fluxos de emergência do caruru ao longo da safra de verão.
Segundo Borsato; Penckowski; Silva (2022), durante os meses de maio a julho podem ser observados baixos fluxos de germinação do A. hybridus , já o pico de emergência dessa planta daninha, ocorre nos meses de setembro-outubro, se estendendo entre dezembro e fevereiro, favorecido principalmente por condições ambientais como temperatura.
Figura 1. Fluxo de emergência de Amaranthus hybridus ao longo do ano, em monitoramento realizado pelo setor de Herbologia na região dos Campos Gerais, Paraná, Brasil. Fundação ABC, 2022.

Cabe destacar que algumas populações de A. hybridus apresentam resistência aos herbicidas clorimuron-etil e glifosato, sendo necessário adotar algumas medidas complementares de manejo, levando em consideração a baixa eficiência do controle do caruru em pós-emergência na soja. Uma dessas alternativas é o emprego de herbicidas pré-emergentes.
Os herbicidas pré-emergentes atuam diretamente no banco de sementes do solo, inibindo a germinação das sementes, reduzindo consequentemente os fluxos de emergência de plantas daninhas. Sobretudo, embora boa parte dos herbicidas pré-emergentes apresente afeito residual, Borsato; Penckowski; Silva (2022) destacam que após 30 a 45 dias, o residual dos herbicidas diminui, permitindo a emergência de novas plantas, sendo necessário realizar o controle em pós-emergência.
Com relação ao controle de Amaranthus hybridus em pós-emergência, melhores controles têm sido observados sobre plantas novas, com até 4 folhas, podendo-se utilizar como alternativas, herbicidas inibidores da PROTOX como fomesafen e lactofen para o controle do caruru dentro da soja tolerante ao glifosato.
Figura 2. Estádio limite recomendado para o controle do caruru Amaranthus sp. em pós emergência.
Veja mais: Caruru (Amaranthus hybridus) com resistência múltipla também no Paraguai
Referências:
BORSATO, E. F.; PENCKOWSKI, L. H.; SILVA, W. K. Amarnathus hybridus, COMO ESTÁ O CONTROLE DESSA PLANTA DANINHA NA SUA LAVOURA? Revista FABC, set./ out., 2022. Disponível em: < https://fundacaoabc.org/wp-content/uploads/2022/09/202209revista-pdf.pdf >, acesso em: 24/01/2023.