COMERCIALIZAÇÃO EM RITMO LENTO
A comercialização da pluma para a safra 21/22 em MT avançou apenas 2,37 p.p. no mês de
dez–22 ante a nov–22, alcançando 87,78% da produção. O menor avanço é pautado pela co–
loração fora do padrão observada na pluma, devido às adversidades climáticas que afeta–
ram grande parte das lavouras do estado. Em relação à safra 22/23, as vendas em dez–22
atingiram 54,29% da produção estimada para o ciclo, avanço de 1,78 p.p. no comparativo
mensal. Desse modo, as desvalorizações observadas nas cotações da fibra nos últimos me–
ses seguem desestimulando os cotonicultores a fecharem novas negociações. Por fim, em
dez–22 foram registradas as primeiras vendas de pluma para a safra 23/24, que atingiram
3,62% da produção esperada para o ciclo, inferior ao mesmo período da s afra 22/23, reflexo
da conduta do produtor em aguardar preços mais atrativos para vender a sua fibra.
Confira os destaques do boletim:
BAIXA: refletindo o otimismo político no Brasil e a desaceleração da inflação nos EUA, o dólar
corrente apresentou queda de 4,00% no comparativo semanal.
DESVALORIZAÇÃO: seguindo as últimas baixas nas cotações do dólar, a paridade de dez/23 reduziu 3,19% em relação à semana passada, cotada na média de R$ 153,13/@.
QUEDA: devido às incertezas quanto ao futuro da economia global, a estimativa do USDA de
consumo mundial da fibra exibiu retração de 0,74% no comparativo mensal.
O avanço da semeadura do algodão em Mato Grosso no comparativo semanal foi de 1,30 p.p.
Desse modo, o plantio do algodão da safra 22/23 em Mato Grosso atingiu 14,63% da área total estimada para o ciclo no dia 13/01. Cabe destacar que a área destinada à primeira safra já foi totalmente semeada. Contudo, o total semeado está 6,67 p.p. atrás do registrado no mesmo período da safra 21/22. Esse ritmo mais lento no plantio da fibra ocorre, principalmente, por causa dos registros de chuva na maior parte das regiões do estado, o que tem desacelerado a colheita da soja e consequentemente impactado na semeadura do algodão de segunda safra (que correspondem a 87,01% da área total do algodão mato–grossense). Por fim, é importante ressaltar que a questão climática é um fator determinante para o avanço dos trabalhos a campo por parte dos produtores e de acordo com as previsões do NOAA, são esperadas chuvas acima da média dos últimos anos até fevereiro, o que deve ser um ponto de atenção para os cotonicultores.
Fonte: Boletim semanal n° 657 – Algodão – IMEA