Na última quinta-feira (24/02), o USDA divulgou durante o Agricultural Outlook Fórum de 2022, os dados projetados de área e produtividade para a próxima safra de grãos e oleaginosas nos EUA.
No que tange ao milho, a área destinada ao cultivo do cereal apresentou uma redução de 1,49%, e totalizou 37,23 milhões de ha, motivada pelo aumento nos custos de produção do cereal. Com relação à produtividade, são esperadas 173,29 sc/ha (+2,26%), baseada em uma tendência climática positiva para o desenvolvimento do cereal. Com isso, a estimativa de produção é de 387,10 milhões de t (+0,83%).
No que se refere à demanda, o relatório prevê uma redução nas exportações e um crescimento na demanda interna nos EUA. Por fim, a maior oferta do cereal pelo país pode pressionar os preços nos próximos meses, entretanto, o mercado ainda vai mensurar os resultados do conflito geopolítico ocorrido no Leste Europeu, afim de obter um melhor direcionamento para tomada de novas decisões.
Confira agora os principais destaques do boletim:
- Queda: o preço médio do milho disponível em MT apresentou uma leve retração de 0,24% em relação à última semana, cotado na média de R$ 75,72/sc.
- Elevação: devido às tensões na Europa, as cotação do cereal, na CME-Group, exibiu alta de 4,30% em relação à semana passada, com valor médio de US$ 6,77/bu.
- Retração: o preço médio na bolsa brasileira apresentou alta de 0,69% em relação à semana passada e ficou cotado em média a R$ 97,96/sc.
A semeadura do milho em Mato Grosso avança e já se encaminha para a reta final.
De acordo com 0 Imea, os menores índices pluviométricos registrados em MT na última semana pautaram a evolução no ritmo da semeadura do milho. Desse modo, foi visto que os trabalhos no campo avançaram 14,34 p.p. ante a semana passada, totalizando 82,74% das áreas esperadas até sexta-feira (25/02).
Com esse resultado, o plantio da safra passa a ficar 4,81 p.p. à frente da média dos últimos cinco anos e 28,08 p.p. acima da safra anterior. Dentre as regiões, o destaque fica com a centro-sul e sudeste, que apresentaram os maiores avanços, de 21,38 p.p. e 18,78 p.p., respectivamente.
Por fim, vale lembrar que, as áreas semeadas após este período correm maior risco quanto a perda na produtividade. Porém, segundo o TempoCampo, estima-se que os volumes acumulados de chuva para os próximos dois meses podem variar entre 300 mm e 500 mm para MT, o que reforçaria o cenário positivo para os rendimentos na temporada.
Fonte: IMEA