Em vídeo divulgado no canal no Youtube pelo pesquisador Marcelo Gripa Madalosso, são destacados os principais problemas decorrentes de um solo compactado nas útimas safras. “O manejo químico, físico e biológico do solo está comprometido pelas práticas agrícolas que fizemos os últimos 5 a 10 anos”, destaca o pesquisador.
O efeito do tráfego de máquinas sobre a compactação e porosidade do solo
O pesquisador ressalta que em solos onde se trabalha na capacidade de campo ou até acima dela, o cenário da compactação da camada superficial do solo vem se agravando cada vez mais, gerando problemas como Macrophomina e Fusarium.
No que se refere à Fusarium, é observado primeiramente um sintoma chamado de pé de galinha, onde ocorre necrose entre as nervuras, depois, quando essa planta é retirada do solo, vê-se um sintoma de colar com coloração avermelhada no colo da raiz, e essa doença se agrava ainda mais em solos compactados.
No caso da Macrophomina, as folhas secam e ficam aderidas ao pecíolo sem se desligarem da planta, parecido com os sintomas de deficiência hídrica. Ao retirar essa planta do solo, na raiz vê-se um sintoma de podridão cinzenta, especialmente causando danos em áreas onde há compactação do solo e ocorreu trânsito de máquinas pesadas em situação de solo encharcado, deixando uma cicatriz no manejo, se tornando uma limitação para o cultivo no próximo ano.
Marcelo cita que devemos tomar bastante cuidado com os três fatores do sistema solo, que são os parâmetros biológicos, químicos e físicos, que em muitos casos se encontram bastante prejudicados nas nossas lavouras.
Os fatores biológicos são importantes porque basicamente com a monocultura a competição biológica está bastante limitada ou quase nula no solo, onde os parasitas acabam atacando o sistema radicular com mais facilidade. A questão química é importante pois em muitos casos se faz a adubação a lanço sem utilizar critérios técnicos onde a raiz acaba sendo limitada somente à superfície devido a presença de nutrientes estar concentrada no topo e por último a questão física, onde ocorre a compactação impedindo fisicamente o sistema radicular a descer e avançar pelo perfil do solo.
Todas essas questões estão colaborando para que se confine o sistema radicular na superfície, gerando grandes problemas de teto produtivo na cultura da soja atualmente.
Confira o vídeo abaixo:
Inscreva-se no canal do pesquisador Marcelo Gripa Madalosso Aqui.
Elaboração: Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.