Confira agora a visão estratégica da T&F Agroeconômica, para os próximos oito dias, no mercado de soja, esta é uma dedução da análise detalhada dos fatores de alta e de baixa presentes atualmente no mercado, feita pelos analistas da consultoria.
FATORES DE ALTA
- Fundos aumentaram suas posições compradas em Chicago, na semana: o relatório semanal Commitment of Traders (CoT) mostrou que os Fundos estavam com 37.882 contratos de compra líquidos na soja em 7 de dezembro, ou 33.425 contratos a mais do que na semana passada, em um OI de 11.391 contratos menor.
- Maior dinamismo na demanda externa, com grandes exportações americanas e brasileiras para a China, como relatado pelo USDA e pela SECEX em vários dias desta semana em nossos relatórios;
- Redução nos estoques finais globais, que passaram de 103,78 MT para 102,00 MT, segundo o relatório WASDE do USDA desta semana;
- Redução nos estoques finais da China, que passaram de 35,69 MT na estimativa de novembro para 34,08 MT na estimativa do WASDE do USDA de dezembro.
FATORES DE BAIXA
- Grandes aumentos nas safras sul americanas de soja, no Brasil, de 138,0 MT no ano passado para umaprojeção de 144,0 MT nesta safra e na Argentina, que deverá passar de 46,20 MT da safra anterior para 49,50 MT nesta safra;
- Redução dos percentuais de óleo de soja na composição do biodiesel, tanto no Brasil, quanto nos EUA. No Brasil o mercado esperava um aumento de 10% para 13% ou até 15% a partir de março de 2022, mas este aumento foi cancelado pelo governo. O mesmo aconteceu nos EUA.
- Fundos reduziram suas posições compradas em farelo e óleo em Chicago, nesta semana: a CFTC informou que os Fundos estavam liquidando contratos comprados e adicionando posições vendidas no farelo de soja durante a semana que terminou em 2/12. Isso deixou o grupo 9.783 contratos menos comprados líquidos em 27.898. Já em óleo de soja os Fundos reduziram sua posição líquida comprada em 5.532 contratos para 58.828, por meio de liquidação de compras.
- Dólar chega ao final de dezembro dentro das expectativas dos analistas ao redor de R$ 5,57: o dólar subiu no início do ano até atingir R$ 5,87 em março, depois caiu e nunca mais atingiu este nível no ano. Mesmo com os ruídos e as incertezas políticas previstas para o ano eleitoral de 2022, os principais analistas financeiros do país ainda preveem um dólar a R$ 5,55 para o final do próximo ano. Isto significa que, pelo lado da moeda americana, não deverá haver um apelo maior para a exportação.
CONCLUSÃO
O principal fator que deve determinar uma decisão sobre a venda ou não da soja é a lucratividade. Eventualmente se pode perguntar se esta lucratividade tem chance de aumentar, ou não? Mas, a verdade é que, quando esta lucratividade se apresenta elevada, mesmo com a forte alta de alguns insumos, como neste momento, em que está ao redor de 36,18% no RS, 37,06% em SC e 35,01% no PR é de se pensar seriamente em garanti-la, porque é uma lucratividade muito elevada em qualquer lugar do mundo e para qualquer ramo da economia.
O Conselho dos analistas da T&F Agroeconômica seria aproveitar, sem se arrepender, porque, mesmo que você tenha um leve aumento, é mais garantido o lucro atual do que um possível aumento deste lucro no futuro.
Fonte: T&F Agroeconômica