FECHAMENTOS DO DIA 08/02: O contrato de soja para janeiro23 fechou em alta de 0,29% ou $ 4,50 cents/bushel a $ 1519,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em alta de 0,23%, ou $ 3,50cents/bushel a $ 1513,75. A cotação de maio24 fechou em queda de 0,22% ou $ 3,0 cents/bushel a $ 1359,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 0,08% ou $ 0,5/ton curta $ 481,9 e o contrato de óleo de soja para março fechou, em forte queda de 0,52% ou $ 0,31/libra-peso a $ 60,58.
CAUSAS DA ALTA: As condições climáticas adversas para a Argentina pesaram mais do que o ligeiro aumento dos estoques finais para os EUA. A BCR ajustou a sua estimativa de colheita para 34,5 milhões de tons.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA
WASDE EUA: As tabelas domésticas de soja S&D registraram um corte de 15 mbu para esmagar, agora previsto em 2,23 bbu. Os estoques finais foram 15 mbu mais fracos para 225, pois essa foi a única mudança. O comércio procurava 211 mbu em média. Para os produtos, o menor esmagamento reduziu a produção de BO em 65m lbs e a produção de farelo em 200k toneladas. Para o óleo, as exportações foram reduzidas e para o farelo o uso doméstico foi cortado.
WASDE GLOBAL: Os números mundiais viram um corte de produção de 5 MMT, principalmente da Argentina. A Argentina foi mostrada com uma safra de 41 MMT, em comparação com 45,5 MMT no mês passado, 43,9 MMT no ano passado e 42 MMT esperados. O Brasil ficou com uma produção recorde de 153 MMT. Os estoques globais de soja ficaram 1,49 MMT mais apertados em 102,3 MMT, mas acima da estimativa comercial média de 101,8 MMT.
CONAB-BRASIL: Os dados da CONAB do Brasil indicam uma safra de soja de 152,9 MMT. Isso é 177k MT acima do valor de janeiro, devido aos rendimentos mais altos no Mato Grosso, MGDS e Paraná, parcialmente compensados por uma redução no RGDS. A CONAB está agora abaixo da estimativa oficial WASDE de 153,0 MMT. A Rosario Grains Exchange prevê a safra de soja da Argentina em 34,5 MMT, um corte de 2,5 MMT em relação a janeiro e agora 6 MMT abaixo da previsão do USDA.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços se recuperam bem, R$ 2/saca, mas os negócios seguem bem lentos
Finalmente, melhores preços para o mercado de soja do RS. A Bolsa de Chicago fortaleceu-se e, consequentemente, o mercado brasileiro também foi afetado positivamente. Embora a diferença nas cotações não seja tão expressiva, a crescente demanda e o agora bom movimento nos portos segue fortalecendo o mercado. Em comparação com os preços de ontem, a saca de soja foi oferecida por R$ 181,00 (ganho de R$ 4,50/saca) no porto de Rio Grande, enquanto no interior os preços foram de R$ 175,00 em Ijuí (ganho de R$ 2,00/saca), R$ 174,00 em Cruz Alta (ganho de R$ 2,00/saca), R$ 175,00 em Passo Fundo (ganho de R$ 2,00/saca) e R$ 175,00 em Santa Rosa (ganho de R$ 2,00/saca). Claro, ainda há preocupação com a falta de chuvas na região, mas com a recuperação de preços, o produtor volta a olhar com mais atenção para o mercado. Mesmo que a situação ainda não esteja totalmente clara, os preços mais altos estão dando um pouco mais de segurança. Com isso, aumenta a possibilidade de negociações mais frequentes ocorrerem, mas a maioria do mercado aguarda pelo relatório USDA antes de efetuar qualquer venda.
SANTA CATARINA: Dia de quedas, sem negócios efetuados
Preços passam por dia de queda após marcar excelentes altas nos pregões anteriores, a alta dessa semana somava R$ 6,00/saca até o pregão de hoje, mas recuou agora para R$ 4,00/saca, ainda positivo em relação a semana anterior, mas não o suficiente para deixar o produtor satisfeito. Preços no porto de São Francisco do Sul a R$ 176,00, perda de R$ 2,00/saca hoje.
PARANÁ: Apenas ponta Grossa se valoriza e se emparelha com o porto, negócios parados
O mercado de soja paranaense de hoje apresentou apenas uma valorização na região de Ponta Grossa, Paraná, mas a situação não é a mesma para todo o Estado. De acordo com especialistas, o preço da soja manteve-se estável tanto na maior parte do interior quanto no porto, pois há uma sensação de insegurança no mercado devido à aproximação do USDA e isso fez com que os traders procurassem se proteger. Com isso, mesmo que hoje tenha marcado pequenas valorizações para Chicago, nenhuma resposta expressiva foi vista no mercado que segue travado.
A demanda crescente e o fortalecimento do dólar são apontados como as principais causas da manutenção do preço, mas negócios ainda não estão sendo efetuados devido à insegurança climática. Em Ponta Grossa, o preço da soja subiu R$ 2,00 por saca, enquanto em Paranaguá não houve movimentação. Isso fez com que o preço no porto ficasse cotado a R$ 172,00 para pagamento em março e R$ 175,00 para pagamento em abril de 2023, emparelhado com os preços de Ponta Grossa. No interior do Estado, as regiões mantiveram-se paradas, com Cascavel e Maringá cotadas a R$ 160,00 e Pato Branco acompanhando de perto a R$ 159,00. As cotações internacionais do complexo de soja marcaram leve alta, com o grão de soja subindo a +0,29%, o farelo subindo +0,08% e o óleo caindo -0,51%. Já o dólar caiu -0,06%, sendo cotado a R$ 5,165 ao fim do pregão, praticamente manutenção.
MATO GROSSO DO SUL: Queda de R$ 1/saca, poucos volumes negociados
Mato Grosso do Sul registrou um dia de desvalorizações de até R$ 1,00/saca. Continuando sem efetuar muitos negócios, nem mesmo poucos volumes foram escoados. Fixações de preços seguem bem complicadas, mesmo quando os preços sobem, em dias de queda não é diferente. Da mesma forma como tem sido visto nas demais regiões mais ao sul do país, produtores do MS se sentem inseguros em abrir mão de seus estoques, seja soja velha ou nova, isso se deve especialmente a insegurança com estoque. O dia de hoje se caracteriza muito mais como um acerto em relação a falta de variações vistas nos períodos anteriores do que movimentos que fazem sentido com o mercado internacional. Os preços da soja são os seguintes: Dourados a R$ 157,00 (perda de R$ 1,00/saca), Maracaju a R$ 156,00 (perda de R$ 1,00/saca), Sidrolândia a R$ 154,00 (perda de R$ 1,00/saca), Campo Grande a R$ 157,00 (perda de R$ 1,00/saca), São Gabriel a R$ 154,00 (perda de R$ 1,00), Chapadão do Sul a R$ 152,00 (perda de R$ 1,00/saca).
MATO GROSSO: Dia de valorizações expressivas por todo o Estado de R$ 1,30 a R$ 2,50/saca
O mercado de soja em Mato Grosso passou por dia de expressiva positividade, visto que as chuvas seguem paradas e o produtor se alegra com o avanço da colheita, com isso o mercado se destrava a produtividade inigualável do MS e contra espaço para aparecer, se antes havia preocupação com a qualidade da safra, essa percepção, embora ainda exista, não está mais em primeiro lugar. Segundo especialistas da região, avanços de 15% foram vistos essa semana na colheita e negócios começam a sair com frequência crescente, embora os números exatos ainda não estejam disponíveis. O produtor agora mais seguro com o estoque, deixa de se preocupar tanto com os preços e passa a efetuar vendas em R$ 151,00. Ademais, como o mercado até então não tem tido total foco nos negócios, a atenção permanece na colheita, especialistas da região indicam que os avanços já estão chegando em 35% do total potencial plantado.
MATOPIBA: Dia de variações pontuais, altas em PI e MA
Com o dia de variações pontuais no mercado de soja na região de MATOPIBA, houve destaque para as altas em Piauí e Maranhão. Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 158,00, registrando uma alta expressiva de R$ 5,50/saca. No Porto Franco-MA após as expressivas valorizações do pregão anterior, o mercado permaneceu parado. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 151,90, também sem se movimentar. Já Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00 marcando alta muito expressiva de R$ 7,00/saca. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 153,50, com alta de R$ 1,50/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica