FECHAMENTOS DO DIA 27/03: O contrato de soja para maio23 fechou em alta de 1,77% ou $ 25,50 cents/bushel a $ 1467,75. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 1,19%, ou $ 15,25 cents/bushel a $ 1303,75. A cotação de maio24 fechou em alta de 1,05% ou $ 13,50 cents/bushel a $ 1303,75. O contrato de farelo de soja para maio fechou em alta de 2,67% ou $ 11,9 ton curta $ 457,9 e o contrato de óleo de soja para maio fechou em alta de 0,92% ou $ 0,50/libra-peso a $ 55,05.
CAUSAS DA ALTA: Terceiro dia de alta consecutivo para o complexo da soja na bolsa de Chicago. Puxado principalmente pela alta do farelo de soja, a oleaginosa está aos poucos recuperando as perdas da semana passada. A quebra da safra argentina de soja é o principal fundamento para essa alta, visto que o país é o maior exportados mundial do sub produto. A valorização do Real frente ao Dólar também trouxe ânimo aos investidores, já que com isso a soja americana se torna mais competitiva no mercado externo. No entanto o gargalo logístico no Brasil deve pressionar os valores dos prêmios nos próximos dias.
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 28/03
PERIGO À VISTA! CNA-SEM DIFERENCIAL NO IVA, IMPOSTO DO AGRO PODE SUBIR 875% E REDUZIR MARGEM DO PRODUTOR: A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) estima que a inclusão dos produtores rurais na condição de contribuintes do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) ou Imposto sobre Valor Agregado (IVA), tributo unificado que reuniria todos os impostos que incidem sobre bens e serviços, geraria aumento de 875% na carga tributária da agricultura. Já a carga da pecuária subiria cerca de 783%. A produção florestal e a pesca teriam elevação de 230% no recolhimento de impostos e os setores primários da economia, no geral, registrariam aumento de 600%, segundo projeções da Os resultados foram apresentados nesta tarde pelo coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, em audiência pública realizada pelo Grupo de Trabalho da Reforma Tributária no Plenário 2 da Câmara dos Deputados. A entidade prevê, ainda, redução na margem bruta do produtor rural e aumento dos custos, se esse custo tributário permanecer na cadeia. Com base em dados do Projeto Campo Futuro de 2022, a CNA estima aumento de 21,3% do custo da pecuária leiteira em Chapecó (SC) e margem 94,3% menor para os produtores. Soja e milho devem ter custos 16,2% mais altos em Cascavel (PR) e margens 66,2% menores para os produtores.
BRASIL-SOJA: GARGALOS LOGÍSTICOS DEVEM PRESSIONAR PRÊMIOS NO BRASIL: A escassez de armazenagem, os gargalos logísticos e os custos elevados de frete no Brasil deverão pressionar os prêmios da soja e afetar negativamente as cotações da oleaginosa no mercado doméstico em 2023, segundo o Rabobank. Em relatório trimestral, o banco prevê uma forte recomposição dos estoques de soja no Brasil ao fim de 2023, já que o aumento da demanda total por soja na temporada 2022/23 deve ser menor do que o crescimento da oferta brasileira. O Rabobank estima a produção do Brasil em 2022/23 em 153 milhões de toneladas, aumento de 24 milhões de toneladas ante o ciclo anterior. Já a demanda total deve crescer 14 milhões de toneladas, de acordo com o banco.
BRASIL-ESMAGAMENTO ELEVADO: O esmagamento de soja no Brasil deverá ser recorde em 2022/23, impulsionado pelas margens elevadas, disse o Rabobank. O País também deverá exportar um volume recorde de farelo, devido às perdas significativas na safra da Argentina. “Além disso, o aumento da mistura obrigatória de biodiesel no diesel aumentará a demanda pelo óleo de soja no mercado interno”, disse o banco.
PARANÁ COLHEU 77% DA ÁREA DE SOJA: A colheita de soja da safra 2022/23 no Paraná avançou 17 pontos percentuais na última semana e alcançou 77% da área cultivada no Estado, segundo boletim semanal do Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura estadual, divulgado hoje. As condições das lavouras pioraram na última semana: as que estão em boa situação agora representam 90% do total, ante 92% antes; e aquelas em condição média correspondem a 10% da área – ante 8% na semana anterior. Em relação às fases de desenvolvimento das plantações, 8% em frutificação, contra 19% uma semana atrás, e 92% em maturação, ante 80%.
BRASIL-ANEC REDUZ ESTIMATIVA DE EXPORTAÇÃO DE SOJA E FARELO: A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) reduziu sua projeção de exportação de soja do Brasil em março para 15,197 milhões de toneladas, ante 15,388 milhões de toneladas esperadas na semana passada. No caso do farelo de soja, a redução foi mais acentuada, para 1,757 milhão de toneladas, em comparação com 1,787 milhão de toneladas esperadas uma semana atrás. Na semana de 19 a 25 de março, o Brasil enviou ao exterior 3,6 milhões de toneladas de soja e 465.626 toneladas de farelo de soja. Para a semana de 26 de março a 1º de abril, a Anec projeta embarques de 3,950 milhões de toneladas de soja, 464.707 toneladas de farelo de soja.
ARGENTINA-A SOJA PERDEU O PRIMEIRO POSTO NA ROFEX (E AS LIÇÕES PARA O BRASIL): A soja não é mais o produto mais negociado no mercado futuro agrícola argentino. Historicamente, o maior volume negociado em contratos agrícolas no Matba Rofex correspondeu à soja. Mas na situação particular presente na Argentina isso mudou e a oleaginosa ficou em segundo lugar. O primeiro lugar agora vai para o milho. O fenômeno – completamente incomum para o principal mercado futuro agrícola da América do Sul – é explicado por uma combinação de fatores produtivos e políticos que conspiram contra a venda antecipada da soja 2022/23. A variável mais óbvia é o desastre da produção que eliminou grande parte da esperada safra de soja: sem mercadoria para vender, não há vendas. O segundo fator é que, depois da primeira e da segunda edição do regime especial de câmbio do “dólar da soja”, a maioria dos produtores aguarda a terceira edição para fazer as vendas. O terceiro aspecto é que, diante da incerteza política, a soja é por natureza a “moeda” utilizada pelos empresários agrícolas argentinos como refúgio, o que significa que é o último produto que decidem vender.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Dia de quedas expressivas de até R$ 3,00/saca
CONTEXTO DO DIA: Mercado voltou a registrar altas hoje em Chicago, puxado pelo farelo, recuperando, portanto, mais uma parte das baixas de semana passada. No mercado gaúcho hoje, uma trading acabou puxando os preços. NO PORTO: a indicação de preço para pagamento em maio é de R$ 157,50 sobre rodas no melhor momento. Isso representa alta de R$ 1,00/saca. NO INTERIOR: nestas regiões o dia de hoje trouxe manutenção de preços – em Cruz Alta o preço permanece a R$ 150,00. Em Ijuí segue a R$ 150,00. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz os preços continuam a R$ 151,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço permaneceu a R$ 151,00.
SANTA CATARINA: Melhora de R$ 1,00/saca nos preços é suficiente para saída de negócios
CONTEXTO DO DIA: como dito ontem, os preços entraram em tendência de alta com Chicago em marcha de valorização. Hoje os preços deram continuidade a essa tendência e se valorizaram consideravelmente mesmo diante da desvalorização do dólar, com isso, SC foi capaz de vender 4.000 toneladas.
PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 155,00 para abril com entrega imediata, marcando alta de R$ 1,00/saca.
PARANÁ: Preços se recuperam em até 2,00/saca, negócios continuam saindo
CONTEXTO DO DIA: dando continuidade a semana os preços seguem na recuperação, puxados especialmente por Chicago. Na semana passada, filas de navios causaram enorme escoamento que aparentemente continua relativamente intenso nessa, mas um pouco menos do que na semana passada. NO PORTO: cif Paranaguá a R$ 152,00 com pagamento em 30/04 e entrega em abril marcando alta de R$ 2,00/saca. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou alta de R$ 1,00/saca, seu preço foi a R$ 146,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, altas de R$ 2,00/saca. Os preços foram respectivamente de R$ 139,00, R$ 139,00 e R$ 138,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 144,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi predominantemente positivo, com o grão de soja passando por alta de 1,77%, o farelo em alta de 2,67% e o óleo em alta de 0,92%. Já o dólar volta a cair e marca baixa de -0,80%, sendo cotado a R$ 5,1648 ao fim do pregão. RELATÓRIO DERAL: Na terça-feira (21), todo o Paraná registrou altas temperaturas. Na quarta-feira (22), o calor continuou, mas houve pequenas chuvas no sul do estado. Entre quinta (23) e sexta-feira (24), o calor se manteve acompanhado por uma massa de ar seco. Durante o final de semana, o tempo ficou mais instável, com chuvas na maior parte do Estado. Quanto a safra de soja, o relatório indica que está praticamente desenvolvida, com 8% em frutificação e 92% em maturação.
MATO GROSSO DO SUL: Dia de manutenções, preços seguem bem baixos
CONTEXTO DO DIA: mercado segue lento e sem muitos negócios sendo efetuados. O produtor regula fortemente a oferta de soja nesse momento, não satisfeitos com os preços que continuam caindo, hora em virtude de Chicago, hora dos prêmios. PREÇOS DE HOJE: o dia de hoje não trouxe movimentações, mas em comparação com os demais estados, caiu igualmente no decorrer da semana – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 138,00, em Maracaju a R$ 137,00, em Sidrolândia a R$ 136,00, em Campo Grande a R$ 138,00 e em Chapadão do Sul a R$ 134,00.
MATO GROSSO: Dia bastante dividido entre altas e baixas
CONTEXTO DO DIA: preços se dividem completamente entre altas e baixas diante da extensão expressiva do Estado, com posições se valorizando até 5,00/saca e outras com quedas de R$ 2,00/saca. PREÇOS PRATICADOS: as variações do dia foram bastante dispersas, com Campo Verde marcando alta de R$ 2,25/saca, indo a R$ 133,53. Lucas do Rio Verde a R$ 130,00 após queda de R$ 1,56/saca. Nova Mutum a R$ 130,50 após queda de R$ 1,62/saca. Primavera a R$ 134,45 após alta de R$ 4,66/saca. Rondonópolis a R$ 137,09, após queda de R$ 1,56. Sorriso, por fim a R$ 130,48 após queda de R$ 1,55/saca
MATOPIBA: Poucos movimentos no geral, alta mais expressiva vista em Balsas
CONTEXTO DO DIA: safra segue ainda seguramente avançando, sem qualquer complicação e espera-se que tenha excelente rendimento. No entanto, assim como as demais regiões estudadas nesse relatório, negócios dificilmente têm sido efetuados em resposta as quedas dos preços. PREÇOS PRATICADOS: Em Balsas, Maranhão, as cotações fecharam em R$ 133,00, marcando alta de R$ 2,50/saca. No Porto Franco-MA o preço foi a R$ 134,50, marcando queda de R$ 6,50/saca. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço ficou a R$ 135,90. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 160,00. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 137,00, com queda de R$ 1,00/saca.
Fonte: T&F Agroeconômica