FECHAMENTOS DO DIA 05/01: O contrato de soja para janeiro23 fechou em nova queda de 0,78% ou $ 11,50 cents/bushel a $ 1466,75. A cotação de maio23, que já está sendo negociada no Brasil, fechou em queda de 1,27%, ou $ 12,50 cents/bushel a $ 1472,50. O contrato de farelo de soja para março fechou em alta de 1,28% ou $ 6,2/ton curta a $ 488,7 e o contrato de óleo de soja para março fechou em queda de 0,27% ou $ 0,17/libra-peso a $ 62,94.
CAUSAS DA BAIXA: Os futuros da soja fecharam em baixa pela terceira sessão consecutiva por temores de recessão mundial e novos surtos de covid na China, que poderão afetar a demanda daquele país. Além disso, notícias de safra e exportações recordes do Brasil também pressionaram as cotações.
FATORES QUE INFLUENCIARAM A CBOT:
a) O farelo de soja de março segue próximo da máxima do contrato;
b) A previsão de 8 a 15 dias para a Argentina mostra algumas chuvas (embora ainda esteja muito seco);
c) A demanda chinesa ainda é uma preocupação, especialmente com o aumento de casos de Covid;
d) Preços mais baixos da soja estão incentivando os esmagadores;
e) A safra de soja do Brasil pode ser recorde em 151,86 MT e as condições são favoráveis (com exceção da seca no sul).
NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 05/01
EUA-EXPORTAÇÕES MENSAIS: As exportações mensais de soja foram de 9.668 MMT para soja, 1.136 MMT para farelo de soja e 10.634 MMT para óleo de soja durante novembro. Os dados oficiais do Censo apontavam os embarques de soja 1,2% abaixo de outubro e 9,7% abaixo de novembro de 21. No total do primeiro trimestre, as exportações de soja foram de 21,57 MT ou 38,8% da previsão do USDA para a temporada completa. A China foi o destino de 71% do total durante o mês de novembro.
ARGENTINA-VENDAS DOS AGRICULTORES: Dados do Ministério da Agricultura da Argentina mostraram que as vendas dos agricultores para a soja da safra antiga (21/22) estavam em 80,1% em 1/4. Isso é próximo ao ritmo de vendas do ano passado.
ARGENTINA PERDEU US$ 2,24 BI POR MENOR ESMAGAMENTO NESTE ANO: A moagem da soja em novembro de 2022 atingiu 3,322 milhões de toneladas, 408 mil a mais que em outubro (2,914 milhões de toneladas). Assim, o processamento de soja no período janeiro-novembro atingiu 35,835 milhões de toneladas, o sexto maior volume já registrado. No entanto, em relação ao mesmo período de 2021, observa-se uma queda de 3,612 milhões de toneladas (foi de 39,447 milhões de toneladas). Essa queda de 3,612 milhões de toneladas equivale à perda de US$ 2,240 milhões em divisas e US$ 695 milhões em retenções de exportação, segundo a Câmara da Indústria do Petróleo da República Argentina (CIARA). Fonte: Granar.
EUROPA-IMPORTAÇÕES DE SOJA: A UE relatou 5,52 MMT de importações de soja para a temporada de 1º de julho a 1º de janeiro. Isso fica 16% abaixo do ano passado. As importações de colza aumentaram 38% ano/ano, com 3,73 MMT. As importações de farelo de soja foram de 8,04 MMT para a temporada, em comparação com 8,3 MMT no ano passado.
BRASIL-EXPORTAÇÕES 2022: Dados mensais de exportação do Brasil mostraram que 77,8 MMT de soja foram embarcados até o ano de 2022. Isso se compara ao embarque anual de 86,6 MMT de 2021. Os embarques de refeições totalizaram 20,4 MMT no ano, alta de 16,88 MMT na última temporada.
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Perda de R$ 2,00/saca no porto, interior em manutenção
SAFRA: O clima ainda é uma preocupação com a possibilidade de perdas na safra, embora até agora essas perdas não ultrapassem 1% do total. Se essa condição continuar, o Rio Grande do Sul deve ser significativamente afetado pelas perdas. Segundo a EMATER-RS precipitações ocorridas foram em volumes variáveis, mal distribuídas e não alcançaram todas as zonas de produção. Isso não permitiu a conclusão da semeadura em algumas regiões. A
implantação da cultura alcançou 96% da área inicialmente prevista. Onde houve a ocorrência, os produtores realizaram plantio e replantio, porém a umidade nos solos pode não ser suficiente para o adequado estabelecimento das lavouras, especialmente em áreas onde foi efetuado o preparo com o uso de grade. Ademais, dado uma média de safras anteriores era para o plantio já estar finalizado por agora, mas ao menos não está tão atrasado quanto o anterior.
MERCADO: O mercado de soja tem permanecido apático, com fábricas no interior tendo mais competitividade do que as tradings no porto. Hoje, o dólar apresentou grande volatilidade e os preços de Chicago não melhoraram, o que deveria levar a uma queda nos preços, mas eles permaneceram estáveis devido à forte demanda. Dado o panorama, vamos aos preços: No porto, preço passa por manutenção e segue a R$ 189,00. No interior, todas as posições marcaram manutenção, com Ijuí e Passo Fundo a R$ 185,00. Cruz Alta a R$ 186,00. Santa Rosa por fim, a R$ 185,00.
SANTA CATARINA: Permanece parado, nada de negócios
Os preços de Santa Catarina se mantêm firmes e estáveis sem grandes variações sendo vistas em um escopo de quase 3 semanas. Embora tenham sido observadas boas altas no Dolar no dia de ontem, Chicago marcou quedas, no dia de hoje o cenário respondeu de forma mais amena, com quedas sendo vistas em ambas as frentes, mas ainda sem resultados em SC.
PARANÁ: Dia de poucos movimentos, pequena queda em Ponta Grossa
O mercado de hoje esteve mais pessimista, algo que tem se mantido durante quase toda a semana, embora se espere perdas de safra no Paraná, o que deveria empurrar os preços para cima em termos especulativos. A demanda, no entanto, tem protegido o mercado de quedas muito aprofundadas, mesmo que hoje o câmbio tenha exercido forte pressão de desvalorização e Chicago não tenha ajudado em nada a reduzir essa força, as quedas foram amenas. Ademais, o panorama não mudou, é esperado que o mercado de grãos experimente altas expressivas de preço em breve, já que a soja Argentina já vendeu 80% de seu volume total de estoque.
Quando no relatório anterior foi dito que era importante se ater as condições fundamentalistas, parte era referente ao mercado internacional, a alta do real vista hoje impacta a soja negativamente diante do dólar, com isso o cenário se torna menos positivo para o vendedor. Dado o panorama, vamos as cotações internacionais: o complexo de soja fechou com a soja grão a -0,18%, farelo +1,28% e óleo a -0,27%. O dólar, por sua vez, passou por baixa muito expressiva de 1,85%, cotando a R$ 5,352.
PREÇOS NO PORTO FUTUROS: preços passaram por queda de R$ 2,00/saca, com a indicação mais próxima a R$ 179,00, fevereiro trouxe preços a R$ 172,50, Março a R$ 170,00 e Abril a R$ 168,00.
PREÇOS NO INTERIOR: de forma geral viu manutenções, apenas Ponta Grossa marcou perda de R$ 4,00/saca, indo a R$ 179,00. Cascavel, maringa e Pato Branco se mantiveram respectivamente a R$ 169,00, R$ 169,00 e R$ 168,00, sem variações.
MATO GROSSO DO SUL: Dia ausente de novos movimentos
Da mesma forma como dito em relatórios anteriores o mercado de soja no Mato Grosso do Sul tem apresentado oscilações, com pequenas quedas, altas simbólicas e manutenções, sem um movimento consistente. Há mais de um mês, os preços seguem essa tendência, embora às vezes variem por alguns dias, mas sempre retornando aos níveis anteriores. Nesse cenário, muitos produtores optaram por não fixar os preços e focar na colheita de outros grãos. Neste momento, como pode ser visto por ontem e hoje, existe pressão de perdas, no entanto a existência de forte demanda impede que isso ocorra. Além disso, a maioria espera por valorizações para metade de janeiro e, por isso, não estão dispostos a negociar além de volumes bem dispersos. Vamos aos valores de soja: Dourados a R$ 170,00. Campo Grande a R$ 170,00. Maracaju a R$ 169,00. Sidrolândia a R$ 168,00. Chapadão do Sul a R$ 167,00.
MATO GROSSO: Mercado passa por dia ausente de movimentos, negócios saindo
Mais um dia de ausência de movimentos, de forma totalmente concisa com os demais estados observados nesse relatório. Embora o dia seja de pressão negativa, a forte demanda tem servido como barreira e impedido perdas consideráveis em muitas posições do mercado. Alguns negócios tem sido efetuados no MT, mas tem saído mais milho e mesmo milho é considerado bem pouco em relação a completa capacidade produtiva do Estado, ainda assim, os negócios começam a tomar forma. Enquanto isso, alguns produtores aproveitam o período mais tranquilo para iniciar a colheita, que já chega a 1% de seu volume máximo. Vamos aos valores: Campo Verde a R$ 173,00. Lucas do Rio Verde a R$ 149,60, mantendo-se. Nova Mutum a R$ 154,00. Primavera do Leste a R$ 172. Rondonópolis, por sua vez, a R$ 170,00. Sorriso, por fim, a R$ 153,50.
MATOPIBA: Dia de pouca mudança, mercado totalmente apático
Região de Balsas no Maranhão traz cotações com mercado marcando manutenção e mantendo-se a R$ 163,00. O Porto Franco-MA marcou baixa expressiva de R$ 3,50/saca e com isso o preço foi a R$ 160,00. Pedro Afonso que agora substitui Porto Nacional nas cotações trouxe valor de R$ 154,90, vendo perda expressiva também de R$ 3,50/aca. Uruçuí-PI fechou o dia a R$ 161,00, marcando manutenção. E por fim, em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, preço ficou a R$ 164,00, também sem mudanças de preços.
Fonte: T&F Agroeconômica