FECHAMENTOS DO DIA 29/06: O contrato de soja para julho23 fechou em alta de 2,21% ou $ 32,00 cents/bushel a $ 1483,00. A cotação de novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,06%, ou $ 0,75 cents/bushel a $ 1265,75. A cotação de maio24 fechou em baixa de -0,06% ou $ -0,75 cents/bushel a $ 1268,75. O contrato de farelo de soja para julho fechou em alta de 0,30% ou $ 1,20 ton curta a $ 403,0 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 2,03% ou $ 1,21/libra-peso a $ 60,83.

CAUSAS DO MIX: A soja negociada em Chicago fechou essa quinta-feira de forma mista. A alta para as primeiras posições são justificadas por alguns ajustes. Essa sexta-feira é dia de aviso de entrega do mercado físico (First Notice Day “FND”), o que levou alguns investidores a cobrirem suas posições e a alta de 2,21% para o contrato de junho23, bem acima dos leves variações dos outros meses. O segundo ajuste é dos Fundos de Investimento em relação ao relatório sobre área e estoque que o USDA divulgará também nessa sexta-feira. No mais, o mercado ainda está olhando mais para o boletim meteorológico, que indica chuva para os próximos dias, do que para o monitor da seca, que apontou um aumento nas áreas com déficit hídrico de 57% para 63% para a soja. Os baixos dados de vendas para exportação também pressionaram as cotações futuras.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA

ARGENTINA-IMPOSTOS: a cada US$ 100 gerados por um hectare de soja, US$ 83,5 vão para o Estado. A carga tributária é uma grande preocupação para o setor agroindustrial e para todos os produtores agrícolas. Segundo a Fundación Agropecuaria para el Desarrollo de Argentina (FADA), estima-se que de cada $ 100 gerados, $ 74,60 vão para o pagamento de impostos e esse problema é ainda mais agravado para os produtores que alugam suas terras, já que os impostos chegam a ultrapassar 100% de sua renda. Os principais fatores que contribuem para esse alto índice são a estiagem e a queda dos preços internacionais, o que tem levado o Estado a ter uma participação significativa na receita agrícola, chegando a 83,5% no caso da soja.

IGC REDUZ PRODUÇÃO MUNDIAL, MAS AUMENTA ESTOQUES (BAIXISTA PARA OS PREÇOS): Especificamente para a soja, O IGC diminuiu a estimativa de produção de 403 milhões de toneladas para 402 milhões de toneladas, em comparação com os 369 milhões de toneladas de 2022/23. A projeção de consumo da oleaginosa para 2023/24 foi mantida em 389 milhões de toneladas. Já a projeção de estoques em 2023/24 subiu para 65 milhões de toneladas, ante 64 milhões de toneladas previstas em maio, aumento de 8 milhões de tons sobre as 52 MT do ano passado.

GIRO PELOS ESTADOS

RIO GRANDE DO SUL: Preços se valorizam em até R$ 1,50/saca, negócios seguem lentos para o período

CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja, de vendedores locais no RS, segue muito de arrasto. O que movimenta o mercado, em alguns dias, como hoje, são as vendas de outros estados com destino ao porto de Rio Grande. Mercado estima em mais de 700.000 tons já vindas de outros estados, neste ano de 2023. Comprador está olhando julho em diante, com foco maior já no agosto, e começa a mirar também o setembro. NO PORTO: No porto melhor preço do dia foi de R$ 143,000 para 30/07, marcando baixa de R$ 1,00/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço passou por baixa de R$ 1,00/saca, indo a R$ 136,00. Em Ijuí o valor foi a R$ 135,00, caindo em R$ 1,00/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço caiu em R$ 1,00/saca e foi a R$ 135,00. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 135,00, caindo R$ 1,00/saca.

SANTA CATARINA: Preços parados, outras 4.000 toneladas negociadas

CONTEXTO DO DIA: Mais um dia com alguma movimentação em termos de negócios para Santa Catarina, embora nada muito expressivo, isso em partes se deve a tendência de quedas identificada por alguns traders e por outro lado a necessidade de manutenção das propriedades. Essas 4.000 toneladas saíram apenas de um destino, para outras posições do Estado muito provavelmente tem outros volumes não confirmados. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 141,00 para abril com entrega imediata, marcando manutenção.

PARANÁ: Pouca variação de preços, negócios parados

CONTEXTO DO DIA: Preços se movimentam pouco em um dia extremamente parado em termos de negócios. Não é segredo a esse ponto que a soja caiu em importância, deixando de ser o foco tanto nacional quanto internacional, no lugar os produtores observam principalmente o milho, isso se deve a uma série de aspectos, entre eles as constantes baixas vistas em Chicago. Com isso, tivemos mais um dia de mercado extremamente arrastado com pouco de mais saindo para que fosse relevante relatar. NO PORTO: cif Paranaguá marcou baixa de R$ 1,00/saca, indo a R$ 138,00 com pagamento em 30/07 e entrega em julho. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa registrou baixa de R$ 2,00/saca, indo a R$ 130,00. Nas demais posições de Cascavel, Maringá e Pato Branco, os valores marcaram manutenção, permanecendo respectivamente a R$ 119,00, R$ 119,00 e R$ 118,00. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 127,00, marcando manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações positivas, com o grão de soja passando por alta de 2,21%, o farelo em alta de 0,30% e o óleo em alta de R$ 2,03%. O dólar por sua vez marca baixa de 0,01%, sendo cotado a R$ 4,8471 ao fim do pregão.

MATO GROSSO DO SUL: Quedas de R$ 1,00/saca, poucos negócios efetuados

CONTEXTO DO DIA: Situação segue sem mudanças, preços caem, mas negócios não se movimentam, agente de mercado segue sem muito a relatar. A comercialização esteve indo bem até semana retrasada e os avanços percentuais de saída de soja eram um dos melhores do Brasil, no entanto, essa rápida saída se reverteu em um escoamento lastimável para o momento. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram queda de R$ 1,00/saca – em Dourados, os preços foram cotados a R$ 123,00, em Maracaju a R$ 124,00, em Sidrolândia a R$ 122,00, em Campo Grande a R$ 124,00 e em Chapadão do Sul a R$ 121,00.

MATO GROSSO: Preços caem novamente, negócios bem lentos

CONTEXTO DO DIA: Preços seguem em tendência de baixa, com desvalorização lenta e continua motivada especialmente pela consistente desvalorização da soja internacional. Esse evento é causado por fundamentos firmes de clima nos EUA e deve continuar até que as chuvas parem, apesar do mercado ter marcado subida hoje na CBOT, a movimentação dentro do Brasil segue baixista. PREÇOS PRATICADOS: Campo Verde a R$ 108,41 marca baixa de R$ 0,64/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 104,39, com baixa de R$ 1,48/saca. Nova Mutum a R$ 105,50, com baixa de R$ 1,21/saca. Primavera a R$ 109,22 após baixa de R$ 0,51/saca. Rondonópolis a R$ 111,54 após baixa de R$ 1,20/saca. Sorriso, por fim, a R$ 103,68, após baixa de R$ 2,64/saca.

MATOPIBA: Mercado dividido, preços em queda seguem mais expressivos

CONTEXTO DO DIA: Preços voltam a cair em MATOPIBA com a realização dos novos fundamentos. Como o mercado é bastante dependente da dinâmica internacional e cresce em importância no montante total do Brasil, algumas regiões com escoamento mais conservador conseguem manter seus preços, mas outras que atendem a demanda a nível mais direto se desvalorizam consideravelmente. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 118,50, queda de R$ 3,50/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 119,00, com manutenção. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 113,90 com queda de R$ 4,10/saca. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 116,00, sem movimentos. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 115,00, em alta de R$ 1,00/saca.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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