FECHAMENTOS DO DIA 18/10: O contrato de soja para novembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 1,10 %, ou $ 14,25 cents/bushel a $ 1311,00. A cotação de maio24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,73 % ou $ 9,75 cents/bushel a $ 1351,25. O contrato de farelo de soja para dezembro fechou em alta de 3,50 % ou $ 14,0 ton curta a $ 413,8 e o contrato de óleo de soja para dezembro fechou em baixa de -0,89 % ou $ – 0,49/libra-peso a $ 54,86.
CAUSAS DA ALTA: A soja negociada em Chicago fechou em alta nesta quarta-feira. Os plantios da soja, tanto no Brasil, quanto na Argentina, continuam a dar o tom altista para a oleaginosa. Os atrasos registrados pela Conab e a seca que afeta os argentinos estão atrasando o plantio no Hemisfério Sul. Mesmo que cedo para apontar cortes na safra, alguns analistas já estão projetando possíveis ajustes caso a situação não se altere no curto prazo. Sinais de uma melhora na demanda Chinesa também deram suporte o grão. O USDA relatou uma compra de 132 mil toneladas no começo do dia. “A demanda chinesa parece estar melhorando um pouco; a questão é se isso será suficiente para fazer com que os preços de soja rompam a resistência”, disse em nota Tomm Pfitzenmaier, da Summit Commodity Brokerage. O farelo de soja também teve a sua participação, desde sexta-feira o subproduto valorizou 6,10% ou $23,8/ton-curta. O salto veio após o anuncio de uma venda para a China, que deverá ter a maior produção trimestral de suínos em 10 anos. A baixa oferta de farelo por parte da Argentina essa temporada também deram suporte a cotação do subproduto.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-NOVA VENDA PARA A CHINA: O USDA anunciou uma venda de 132 mil toneladas de soja para a China esta manhã.
BRASIL/ABIOVE-PRODUÇÃO SERÁ DE 164,7 MT: A ABIOVE previu a safra 23/24 de soja do Brasil em 164,7 MMT, acima da previsão do USDA da semana passada de 163 MMT. A ABIOVE prevê exportações de grão inteiro em 100 milhões de toneladas contra o USDA em 97,5 milhões de toneladas. Mas, coloca mais baixo o esmagamento em 54 MMT vs. WASDE em 55,75 MMT.
ARGENTINA-CONHECER PARA NÃO IMITAR: Falta de controle: A “retenção cambial” da soja, mesmo com o regime especial, é de quase 60%. O governo nacional implementou esta segunda-feira uma nova intervenção cambial com o objetivo de tentar conter o valor do dólar “descontado com liquidação” (CCL), embora a diferença entre a taxa de câmbio oficial e a negociada nas bolsas continue a aumentar. Por meio da resolução 982/2023 da Comissão Nacional de Valores Mobiliários (CNV), foi intensificada a regulamentação para operar com Cedears, que é um dos títulos utilizados para comprar dólares CCL. A medida, devido à crescente instabilidade cambial, não conseguiu deter a cotação nem do dólar CCL nem do MEP. Nesse quadro, o valor da soja Rosário MEP gira em torno de US$ 478 mil/t.
Este é o preço que os produtores de soja receberiam caso não existissem os “estoques em bolsa”, o que funciona como uma “segunda retenção”, visto que a “primeira retenção” é o imposto de exportação de 33% sobre o valor FOB. Mas o preço da soja Rosário disponível com “retenção cambial” é de US$ 186 mil/t (considerando a referência Matba Rofex). Isso porque enquanto a taxa de câmbio da soja está em torno de US$ 500/u$s (com a ajuda do regime especial do “dólar soja 4”), o dólar MEP está sendo negociado acima de US$ 915/u$s nesta segunda-feira. ascendente).
Com esta lacuna, a “retenção cambial” é de quase 60%, o que implica que o Estado fica com bem mais da metade do valor da soja. A relação é ainda mais perniciosa para os bens que não gozam de regime cambial especial. A contrapartida deste fenómeno é uma crescente “dolarização” do valor dos fatores de produção e equipamentos utilizados na agricultura, dado que, dadas as dificuldades de acesso a divisas ao câmbio oficial para efetuar importações – produto das crescentes restrições implementadas pelo governo – muitas empresas recorrem a métodos alternativos para conseguir a entrada de produtos. O chamado “dólar da bolsa” ou dólar MEP é obtido através da compra de um título argentino em pesos que posteriormente é transformado em outro título em dólares; Esta é uma operação realizada dentro do mercado argentino. Já o dólar CCL consiste na troca de pesos argentinos por dólares no exterior por meio da compra e venda de ações ou títulos de dívida cotados nos mercados internacionais. Fonte: Valor Soja
GIRO PELOS ESTADOS
RIO GRANDE DO SUL: Preços voltam a subir de forma pontual, mas mercado não muda
CONTEXTO DO DIA: Mercado de soja segue em ritmo lento, com produtor vendendo apenas o necessário para o dia-a-dia. Compradores seguem com suas demandas no outubro, e alguma coisa em novembro, mas não impedirá uma queda brusca nos embarques. NO PORTO: No porto melhor preço do dia, quando dólar esteve alto, foi de R$ 153,00 para 17 de novembro, marcando alta de R$ 1,50/saca. NO INTERIOR: em Cruz Alta o preço foi de R$ 145,00 após alta de R$ 1,00/saca. Em Ijuí o valor foi a R$ 145,00, subindo em R$ 1,50/saca. Em Santa Rosa, assim como em São Luiz o preço foi a R$ 144,50, subindo em R$ 1,50/saca. Em Passo Fundo, por fim, o preço foi de R$ 145,00, também houve alta de R$ 1,50/saca.
SANTA CATARINA: Preços marcam manutenção, negócios saindo lentamente
CONTEXTO DO DIA: Preços marcam manutenção no porto de Santa Catarina, cerca de 5.000 toneladas foram comerciadas neste pregão, valor relativamente baixo dados os preços do momento, as saídas diárias ainda não passaram muito de níveis de manutenção, mas produtor segue bastante focado no campo. Diante das muitas complicações com as chuvas na região, produtor deixa claro que seu foco não está no lucro no momento, mas sim em proteger as diversas safras prejudicadas. PREÇOS DE HOJE: No porto de São Francisco do Sul, o preço ficou a R$ 145,00.
PARANÁ: Poucos movimentos de preços, negócios saindo sem muita consistência
CONTEXTO DO DIA: Negócios seguem na apatia costumeira, sem mudar a perspectiva. A maioria das movimentações vistas se devem a movimentações do dólar, há pouco fundamento para soja nesse momento, muitos dos produtores estão focados apenas no campo ou lidando com milho, que tem visto niveis escoados muito mais expressivos, enquanto isso o cenário de soja segue como um quadro parado, os mesmos problemas a semanas. NO PORTO: cif Paranaguá marcou manutenção, ainda a R$ 146,00 com pagamento em 02/12 e entrega em novembro. NO INTERIOR: o mercado de soja spot Ponta Grossa marca baixa de R$ 1,00/saca, indo a 139,00. Nas demais posições temos predominância de repetição, com Cascavel a R$ 135,00. Maringá a R$ 136,00 e Pato Branco a R$ 133,00 após dia de manutenção. NO BALCÃO: Os preços em Ponta Grossa ficaram em R$ 128,00, em manutenção. AS COTAÇÕES INTERNACIONAIS: o complexo de soja foi marcado por movimentações divididas de média expressão. O grão de soja passou por alta de 1,10%, o farelo passou por alta de 3,50% e o óleo em baixa de 0,89%. O dólar por sua vez marca alta de 0,38%, sendo cotado a R$ 5,0545 ao fim do pregão.
MATO GROSSO DO SUL: Preços em alta de R$ 1,00/saca, negócios parados
CONTEXTO DO DIA: Cenário segue sem mudanças de expectativa diante de um dia quase completamente parado em termos de negócios. Preços marcam variações positivas pela terceira sessão consecutiva, podendo significar uma melhora do cenário, algo que se deve a ambos a valorização do farelo e a valorização do dólar no dia de hoje. PREÇOS DE HOJE: todos os preços marcaram alta de R$ 1,00/saca – em Dourados os preços foram cotados a R$ 132,00. Em Maracaju o preço foi a R$ 131,00. Em Sidrolândia o preço foi de R$ 130,00. Em Campo Grande o preço foi de R$ 132,00 e em Chapadão do Sul o preço foi a R$ 128,00.
MATO GROSSO: Preços marcam predominância de baixas em dia de positividade internacional
CONTEXTO DO DIA: Regiões de Mato Grosso marcam baixa de preços, com o produtor continuando com movimentações bastante amenas e foco na plantação, isso se deve ao estrangulamento dos fretes para o Sul, algo que tem preocupado os produtores da região, passando de R$ 450,000 a tonelada. Agora com o nível de água e temperatura em bons pontos para às plantações, em especial na região sul do Estado, se vê velocidade nos processos de campo, algo que se mostra lógico diante da diminuição temporária da demanda. PREÇOS PRATICADOS: Todos as regiões, com exceção de Campo Verde marcaram baixa, com isso – Campo Verde a R$ 124,20 subindo R$ 2,20/saca. Lucas do Rio Verde a R$ 119,10 após baixa de R$ 2,50/saca. Nova Mutum a R$ 119,70 após baixa de R$ 2,80/saca. Primavera a R$ 124,80 após baixa de R$ 1,70/saca. Rondonópolis a R$ 127,00 com baixa de R$ 2,00/saca. Sorriso, por fim, a R$ 118,50 após baixa de R$ 3,00/saca.
MATOPIBA: Dia de poucos movimentos, negócios sem mudança
CONTEXTO DO DIA: Como visto na maioria das regiões do Brasil, o complexo do MATOPIBA segue extremamente parado, com níveis mínimos de comercialização e apenas em regiões específicas, tornando a tarefa de saber exatamente o quanto está sendo escoado praticamente impossível. Sabe-se, no entanto, que o plantio avança bem, sem termos um senso exato até o momento. PREÇOS PRATICADOS: Balsas a R$ 119,00 após alta de R$ 1,00/saca. No Porto Franco-MA o preço foi de R$ 125,00. Em Pedro Afonso, que agora é a referência nas cotações, o preço foi de R$ 122,00. Uruçuí-PI encerrou o dia a R$ 110,00 sem se mover. Em Luiz Ricardo Magalhães, na Bahia, por fim, fechou a R$ 125,00
Fonte: T&F Agroeconômica