RIO GRANDE DO SUL: Ciclo de mercado mudando, protagonismo das esmagadoras começa

No mercado de soja, já é possível perceber que o foco dos negócios está mudando, isso é o que chamamos de ciclo de mercado: ora os negócios estão na mão das cerealistas e Tradings, por exemplo, após isso as margens mudam e passam a estar na mão dos esmagadores.

À medida que nos aproximamos da colheita americana é normal a demanda das tradings estar mais concentrada nos EUA com seus prêmios menores. Por conta desses diferentes aspectos os preços passaram por perdas consideráveis. Os preços de pedra CIF Panambi foram cotados em R$158,00, tiveram perda de R$2,00/saca. Os preços de lotes pagamento em abril/maio foram a R$184,50, perda de R$4,50/saca em relação as últimas cotações.

Por fim, os preços nos lotes podem ser vistos na tabela acima e respondem a lógica do tripé prêmios-Chicago-dólar, com o dólar marcando perda, Chicago em queda durante a
manhã e os prêmios mudando. Ademais, negócios foram feitos na faixa de manutenção, cerca de 10.000 toneladas vendidas.

SANTA CATARINA: Preços caem consideravelmente, mercado continua travado

Em Santa Catarina o mercado já estava travado a preços altos; agora, com os preços mais baixos, prossegue da mesma forma. A saca de soja no porto de São Francisco do Sul para setembro foi cotada hoje a R$172,00, marcando uma queda de ao menos R$4,00 nos preços m relação às últimas indicações.

O interesse se mostra mais presente nos preços de milho por parte do vendedor, pois os preços se aproximam muito mais do ideal, mas também está difícil para esses lados. As ideias dos vendedores eram que a R$180,00. Algum volume de soja estaria girando, mas mesmo quando os valores chegaram a essas médias o produtor não quis saber e atualmente não se tem parâmetro das ideias reais.

PARANÁ: Com dólar em queda e Chicago inalterado o mercado ficou em silêncio

No Paraná a situação está muito estática há mais de 1 mês. Os volumes saídos são mais para manutenção, o vendedor aguarda as melhores ideias possíveis que parecem não chegar nunca. Os valores por todo o Estado caíram em até 3,59% nesse começo de semana, obviamente uma variação bastante considerável para baixo, o que não incentivou em nada os negócios, fazendo com que o produtor desaparecesse.

Ademais, algumas regiões, em especial no Oeste já passam de 90% de comercialização, quanto menor o volume, mais complexo é fazer negócio.

  • Futuros Paranaguá 2021: Setembro com 30/10 foi cotado a R$170,80 uma queda de R$4,70 em relação as últimas indicações. Outubro com 30/11 – ideias de R$171,50, queda de R$5,00.
  • Futuros Paranaguá 2022: fevereiro com 30/03 foi cotado a R$160,30, queda de R$5,90. No março com 30/04, as cotações foram de R$159,00, perda de R$4,00 em relação as últimas indicações. Lembrando, esses preços representam momentos próximos as 10:30 da manhã e não os valores de fechamento.

MATO GROSSO DO SUL: MS não responde ao mercado, tudo parado

No Mato Grosso do Sul as cotações parecem funcionar de forma bem pouco consistente, muitas vezes respondendo fortemente a variações mínimas em outros estados, outras vezes permanecendo parado em grandes variações em outros estados.

O dia de hoje é um exemplo da segunda: a explicação mais lógica é que, com o escoamento avançado de mercadorias a pouca oferta se torna pouco sensível as variações de preços, pois a demanda sempre a cobre em nível. No entanto, hoje nada saiu, os valores caíram semana passada e não retornaram as posições anteriores, um bom volume de mercadorias havia saído na semana passada e o produtor não se preocupou com vendas de manutenção.

MINAS GERAIS: Nada novo em Minas Gerais, não há oferta

Os volumes restantes permanecem sendo os mesmos, nada foi feito. Os volumes segurados no Estado permanecem em cerca de 5% da produção total. O produtor que ainda guarda seus volumes, está pedindo R$-170,00 pela saca de soja, mas com as quedas de hoje, as melhores ofertas recebidas ficam próximas de R$163,00, isso se de fato houve alguma oferta, visto que a ausência do produtor é absoluta.

As ofertas atuais são inferiores as ideias mínimas do produtor em ao menos R$7,00. Nenhum negócio de soja foi feito no Estado em mais uma segunda-feira, entrando na sexta semana segurando os volumes disponíveis, em breve serão dois meses sem vender soja.



Fonte: T&F Agroeconômica

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