Por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 02/08
O contrato de soja para agosto24, referência para a safra brasileira, fechou em alta de 0,71%, ou $ 7,25 cents/bushel a $ 1029,25; A cotação de setembro24, fechou em alta de 0,89% ou $ 9,00 cents/bushel a $1018,00. O contrato de farelo de soja para setembro fechou em alta de 1,74 % ou $ 5,7 ton curta a $ 333,7 e o contrato de óleo de soja para setembro fechou em baixa de -1,86 % ou $ -0,79/libra-peso a $ 41,68.
ANÁLISE DA ALTA
A soja negociada em Chicago fechou o dia em alta, mas a semana em baixa. Em uma sessão com muita oscilação, a oleaginosa conseguiu se recuperar e fechar com pequenos ganhos, depois de ter retornado ao mesmo patamar de setembro de 2020.
O mercado viu espaço para compras de oportunidade depois do USDA anunciar, pelo segundo dia seguido, vendas para a China. A primeira, na quinta, foi de 132 mil toneladas e mais 202 mil toneladas nesta sexta.
O esmagamento interno da soja também amentou 5,27% no comparativo anual para o mês de junho, segundo o USDA. Em junho 24 foram esmagadas 4,99 milhões de toneladas de soja contra 4,74 de junho 23. Com isso a soja fechou o acumulado da semana em baixa de -2,30% ou $ -48,25 cents/bushel. O farelo de soja caiu -0,18% ou $ -0,60 ton curta. O óleo de soja perdeu -3,09% ou $ -1,33 libra/peso.
Análise semanal da tendência de preços
Fatores de alta
a) Compras técnicas: Enquanto os principais indicadores estão naufragando no mercado acionário global, a soja apresenta recuperação parcial de seus preços em Chicago, que, no entanto, permanecem no nível mais baixo desde outubro de 2020. Essas melhoras, que se devem principalmente às compras técnicas de fundos sobrevendidos, encontram como argumento de mercado uma segunda confirmação por parte do USDA e em dias de sucessivas vendas para a China, ontem de 132 mil toneladas e hoje de 202 mil toneladas.
b) Convite às compras: Boa parte dos operadores assume – alguns por razões de mercado, mas muitos por necessidades – que o atual nível de preços, devido ao seu carácter deprimido, dá aos compradores chineses os motivos que procuravam para incluir os Estados Unidos nas suas compras, depois de um período prolongado nos portos sul-americanos.
c) No Brasil, a disputa entre esmagadoras e exportadores, que deve continuar nos próximos dois meses –agosto e setembro, pelo menos – deve manter os preços nos patamares atuais, com pequenas variações. Mas, num típico mercado que anda de lado, em que o preço permanece praticamente o mesmo por longos períodos, como estamos vendo, a recomendação é vender antes e aplicar o resultado financeiro, porque o dinheiro cresce mais que o preço da soja no armazém.
Fatores de baixa
a) Clima favorável nos EUA: Em termos de clima e culturas, as notícias continuam pessimistas, visto que hoje voltam a registar-se chuvas ligeiras no corredor Illinois-Ohio, o que sustentará o já bom estado da soja, que entrou no seu mês chave com bons presságios meteorológicos. Na verdade, as previsões generalizadas continuam a prever chuva suficiente no Centro-Oeste e temperaturas amenas.
b) Safra recorde nos EUA: Ontem, a consultoria StoneX estimou a colheita de soja 2024/2025 dos EUA em 122,01 milhões de toneladas, para um rendimento médio de 3537 kg por hectare. Ambos os números são recordes e superam.
Fonte: T&F Agroeconômica
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