Considerando a importância do mercado chinês para a agropecuária brasileira, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a InvestSP em Xangai, elaborou este sumário executivo, que tem como objetivo principal destacar e comentar os dados apresentados no documento e introduzir as perspectivas do governo chinês para os próximos 10 anos dos principais produtos agrícolas produzidos na China.

Confira um pequeno trecho abaixo:

RESUMO GERAL: Em 2021, a produção de grãos foi abundante, com uma área cultivada de 1,764 bilhões  de mu (117,6 milhões de hectares) no ano. Ela se estabilizou em mais de 650 milhões de toneladas pelo sétimo ano consecutivo, atingindo 683 milhões de toneladas em 2021, um aumento de 2,0% em relação ao ano anterior.

2021: 
Em 2021, a China promoveu a revitalização do campo de forma abrangente, com a produção agrícola progredindo de forma constante, a produção de grãos atingindo um nível recorde e a oferta de produtos agrícolas importantes atingindo nível estável, fornecendo um forte apoio para promover o desenvolvimento econômico e social.

2022:
Em 2022, estima-se que a capacidade de produção agrícola continuará crescendo, que a capacidade de garantir o fornecimento de produtos agrícolas estratégicos, como grãos e culturas oleaginosas, será significativamente melhorada e que a qualidade e eficiência do
desenvolvimento industrial para processamento serão aprimoradas.

Sob a política de “estabilização das rações e do milho, expansão do feijão e das oleaginosas”, a área plantada de soja deve aumentar em 21 milhões de mu (1,4 milhões de hectares) e a área de canola, em 3,12 milhões de mu (208 mil hectares) em 2022. Isso deve fazer com que a área destinada ao cultivo de grãos alcance 1,77 bilhão de mu (118 milhões de hectares), um aumento de 0,3%. A produção de grãos deve atingir 688 milhões de toneladas, mantendo esse nível em uma base elevada.

Além disso, com o crescimento da renda e a urbanização, o consumo dos principais produtos agrícolas manterá um crescimento sólido. No entanto, devido ao impacto da pandemia na economia chinesa, a taxa de crescimento do consumo de alimentos e outros produtos agrícolas desacelerará no curto prazo.

Esse fator, aliado ao aumento da produção doméstica e à diminuição das diferenças nos preços dos produtos agrícolas no mercado doméstico em relação ao mercado internacional, deve gerar uma queda de 3% nas importações de alimentos e manter os preços dos produtos agrícolas em patamares elevados, porém com risco de grandes flutuações.

2022-2031: 

Nos próximos dez anos, o fornecimento de grãos e outros produtos agrícolas estratégicos será garantido e contará com o suporte contínuo em políticas de incentivo e manutenção da área cultivada, superior a 1,75 bilhão de mu (116,67 milhões de hectares), proporcionando melhoras na qualidade e competitividade da agricultura chinesa.

Espera-se, ainda, um aumento significativo na demanda por pescados e carne bovina. O comércio de produtos agrícolas continuará bastante ativo, com variações significativas nos volumes de importação e exportação.

Estima-se que as importações de alimentos caiam para 126 milhões de toneladas.

Trigo:

A área semeada de trigo deve se estabilizar em torno de 350 milhões de mu (23,3 milhões de hectares). Com o aumento da produtividade, a produção deve atingir 144,71 milhões de toneladas em 2031. O consumo de ração de trigo voltará a cair, abrindo mais espaço para o crescimento do consumo industrial. A China ainda importará algum trigo especial para suprir necessidades de diferentes espécies, mas a demanda pelo produto importado cairá.

Milho:

Embora a demanda de milho para ração animal esteja em queda, a demanda para consumo industrial permanece crescendo, o que deve garantir a demanda pelo produto.
Estima-se que a produção de milho alcance 323,93 milhões de toneladas em 2031, com uma taxa média de crescimento anual de 2%. O consumo deve atingir 328,21 milhões de
toneladas, um aumento médio anual de 1,5%. As importações devem encontrar um ponto de equilíbrio após um declínio no médio prazo, estabilizando-se em 7,57 milhões de toneladas em 2031.

Soja:

A produção e o consumo de soja na China continuarão crescendo, enquanto as importações devem cair de forma constante. Considerando um aumento da produtividade e da área cultivada, a produção de soja no país atingirá 27,19 milhões de toneladas em 2026 e 35,07 milhões de toneladas em 2031. Em termos de consumo, estima-se um aumento constante na próxima década, alcançando 118,53 milhões de toneladas em 2031.

No site da CNA é possível conferir e realizar o download, para acessar o detalhe todas as perspectivas, incluindo outras culturas e o descritivo das principais culturas.

Clique e confira.
.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.