O Brasil consome cerca de 45 milhões de toneladas de fertilizantes ao ano. Os processos de extração, geração, transporte e logística dessa quantidade de insumo somados gera mais de 1 bilhão de toneladas de carbono. Desse modo, tornar sustentável a aplicação de fertilizantes é imprescindível para diminuir a pegada ambiental das atividades agrícolas.
“A agricultura precisa usar fertilizantes para nutrir as plantas. Com isso, um dos processos mais importantes é a operação de plantio, que é cirúrgica e determinante nos resultados”, afirmou Evandro Martins, presidente da FertiSystem, durante o BW Works SENAI – Empresas Inovadoras, que trouxe o tema Sustentabilidade Transformacional na Aplicação de Fertilizantes a Taxas Variáveis nas Linhas de Plantio, no dia 17 de maio, com apresentação de Luís Gustavo Delmont, especialista em desenvolvimento industrial no SENAI Nacional.
Para que o plantio seja assertivo, a FertiSystem desenvolveu uma tecnologia, em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Soluções Integradas em Metalmecânica e com a Embrapa, capaz de reduzir de 14,5% a 20% a aplicação de fertilizantes, mantendo a produtividade da plantação. Para isso, a empresa se baseou no movimento dos 4Cs da nutrição: fonte certa, que é o próprio fertilizante; época certa, que é a condição agronômica de absorção da planta ou recomendação de aplicação; dose certa, a precisão da aplicação; e o local certo, que é a uniformidade da aplicação.
Segundo Martins, o fertilizante precisa ser aplicado a distância de cinco centímetros ao lado e abaixo da semente. “Se ele ficar muito próximo à planta pode ocorrer um efeito salinizante na linha de plantio”, disse.
A tecnologia desenvolvida levou em conta às questões ambiental, econômica e social, por isso, a construção do equipamento (dosador) atendeu requisitos de funcionalidade e de durabilidade, mas também os impactos que poderiam ser gerados. Com isso, ele foi premiado pelo Instituto Europeu de Patentes, por oferecer dosagem inteligente de fertilizantes microgranulados para o plantio de alto rendimento.
De acordo com Martins, a tecnologia se baseia no conceito de sustentabilidade transformacional, ao utilizar todas as métricas e posicionamentos criteriosos de análises para que a tecnologia seja precisa e uniforme. “Hoje, temos a ciência dos dados que contribui para a lucratividade e a rentabilidade”, pontuou. Alguns pontos avaliados, por exemplo, são: singularidade das sementes, espaçamento planta a planta, precisão no espaçamento e deposição dos fertilizantes.
Isso significa que a tecnologia trabalha a taxa variável de fertilizante em cada linha de semeadura. “Os fertilizantes precisam estar fisicamente disponibilizados na planta, ou seja, onde houver semente haverá fertilizante”, pontou Martins. A FertiSystem também trouxe o conceito de unidade de aplicação, considerando o número de gramas de fertilizante por metro linear, com o objetivo de trazer economia, desde o consumo até a aplicação.
O Movimento BW é uma iniciativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema).
Fonte: Assessoria de Imprensa FertiSystem