O cenário da safra do trigo no Rio Grande do Sul permanece favorável, e as lavouras apresentam elevado potencial produtivo. Do total implantado no Estado, 13% está em desenvolvimento vegetativo, 37% em floração, 40% em enchimento de grãos e 10% em maturação. Na safra anterior, os cultivos em maturação totalizavam 16% neste mesmo período. Esse avanço para a fase de maturação demonstra o elevado potencial produtivo nesta safra, mas as lavouras ainda dependem de condições climáticas favoráveis até o final do ciclo para confirmação.
O tempo seco e a luminosidade beneficiaram o desenvolvimento das lavouras, que se encontram em fases reprodutivas críticas, como a antese (floração) e o enchimento de grãos. Essas condições ambientais também promoveram a aceleração da maturação fisiológica das espigas nas áreas implantadas mais precocemente, contribuindo para maior uniformidade do ciclo e potencial de acúmulo de matéria seca nos grãos.
O manejo fitossanitário foi intensificado, principalmente de forma preventiva em áreas com histórico de doenças fúngicas.
A área cultivada no Estado está projetada pela Emater/RS-Ascar em 1.198.276 hectares, e a estimativa de produtividade em 2.997 kg/ha.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, o período ensolarado foi benéfico para as lavouras da Campanha e da Fronteira Oeste. Estão 35% das áreas em fase de floração e 24% em fase de maturação. Há grande variabilidade no potencial produtivo das lavouras. Em Itaqui, a umidade elevada do período anterior favoreceu o aparecimento de doenças fúngicas, como giberela e ferrugem. Há elevada incidência dessas doenças em Maçambará, sobretudo nas lavouras a Oeste do município, onde predominam terras baixas. Contudo, os produtores enfrentam dificuldades para realizar pulverizações em decorrência do excesso de umidade no solo, causado pelas chuvas do período anterior. Além dos problemas com doenças, o potencial produtivo de algumas lavouras está comprometido pela presença de plantas daninhas, que se estabeleceram nas áreas onde havia maiores falhas de estande. Houve formação de geada de baixa intensidade em regiões mais frias, mas sem causar impacto significativo.
Na de Caxias do Sul, a maioria dos cultivos estão em estádios de elongação do colmo. A sanidade das lavouras se encontra satisfatória, mas são efetuadas pulverizações preventivas para o controle de pragas e doenças.
Na de Erechim, 60% estão em floração e 40% em espigamento no período. A sanidade das lavouras está adequada, e a produtividade média esperada para a região deve ser de 3.600 kg/ha.
Na de Frederico Westphalen, 40% dos cultivos estão em florescimento e 45% em enchimento de grãos. Em relação ao manejo, é realizada aplicação preventiva de fungicidas. O potencial de rendimento permanece positivo, com expectativa de produtividade média de 3.850 kg/ha.
Na de Ijuí, os agricultores efetuaram a reaplicação de produtos fungicidas. As lavouras apresentam excelente desenvolvimento e alto potencial produtivo. Porém, em locais onde não se adota a prática de rotação de culturas, há relatos de aumento nos sintomas de bacteriose. Aproximadamente 80% dos cultivos estão em estádio reprodutivo e 6% estão em processo de maturação.
Na de Pelotas, 71% das lavouras estão em fase de enchimento de grãos. Apesar do grande volume de chuva no período anterior, a sanidade está adequada, e há expectativa de satisfatória produção. Os dias secos e a boa luminosidade favoreceram o trânsito de máquinas e a aplicação de produtos químicos.
Na de Santa Rosa, 57% das lavouras estão em enchimento de grãos e aproximadamente 10% em maturação. As lavouras apresentam boas condições, apesar da ocorrência de giberela em cultivos próximos da colheita, resultado das chuvas elevadas do período anterior.
Na de Soledade, 55% estão em espigamento/floração. O excesso de chuvas do período anterior favoreceu a ocorrência de doenças fúngicas, como ferrugem, oídio e giberela. No entanto, o cenário produtivo segue dentro do esperado, e a produtividade média em 3.000 kg/ha.
Comercialização (saca de 60 quilos)
O valor médio, de acordo com o levantamento semanal de preços da Emater/RS-Ascar no Estado, decresceu 3,59% quando comparado à semana anterior, passando de R$ 67,50 para R$ 65,08.
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Fonte: Emater RS