O tema “Monitoramento e manejo da cigarrinha-do-milho” foi debatido nesta sexta-feira (11/06) durante o 10º Webinar Técnico do Pró-Milho/RS, promovido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e pela Emater/RS-Ascar. O evento online contou com a participação de cerca de 400 pessoas e foi transmitido ao vivo e simultaneamente pelo Facebook e pelo Youtube do Programa Rio Grande Rural da Emater/RS-Ascar e pode ser conferido no link https://cutt.ly/10promilho.

O engenheiro agrônomo e assistente técnico da Câmara Setorial do Milho, Valdomiro Haas, representando a secretária da Agricultura, Silvana Covatti, e o diretor técnico da Emater/RS-Ascar, Alencar Rugeri, deram as boas-vindas aos participantes.

O engenheiro agrônomo da gerência técnica da Emater/RS-Ascar Elder Dal Prá falou sobre “Manejo da cigarrinha-do-milho”. Ele abordou as características da praga como ciclo biológico, comportamento, reprodução, sintomas, danos e o manejo.

Conforme ele, a cigarrinha, quando em elevada densidade populacional, causa danos diretos ao cultivo de milho pela sucção da seiva da planta. E ainda danos indiretos pela transmissão dos molicutes e da risca do milho, que causam doenças na planta, como diminuição do desenvolvimento da parte aérea e das raízes das plantas, perfilhamento anormal, número excessivo de espigas por planta, entre outros. “As perdas podem ser superiores a 70%”, afirmou o engenheiro agrônomo.

“O combate se dá a partir do uso de estratégias associadas como eliminação de plantas voluntárias, sincronização da época de semeadura, uso de cultivares tolerantes, tratamento de semente e aplicação de inseticidas químicos e biológicos”, explicou Dal Prá.

Por sua vez, o engenheiro agrônomo e chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da SEAPDR, Ricardo Felicetti, enfocou a “Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) e o enfezamento do milho no rio Grande do Sul Safra 2020-2021”.

Segundo Felicetti, a cigarrinha é um problema nacional. “Aqui no Rio Grande do Sul, é associado aos problemas de estiagem”, garantiu. Ele contou que o primeiro relato de enfezamento do milho ocorreu em 2005/2006 no Norte do Estado. “E houve coincidência de semeaduras tardias e plantas espontâneas de milho, associadas à estiagem daquele período”.

Quanto ao monitoramento no Rio Grande do Sul, o engenheiro agrônomo destacou que foram realizados levantamentos em abril e maio deste ano. “Foram feitas coletas em lavouras com material sintomático e não-sintomático para o enfezamento e avaliação técnica a campo. Foram 73 amostras de 43 cultivares em 514 hectares de 67 municípios. A estimativa de perdas, no total, chegou a 36,33%”.

Observações preliminares apontam que a ocorrência é generalizada no Estado e que há necessidade de aprofundamento para elaboração de políticas fitossanitárias. “Além disso, é preciso reforço às medidas profiláticas, como eliminar plantas de milho espontâneas na entressafra; efetuar a colheita de forma a diminuir restos culturais do milho a campo; efetuar o plantio do milho evitando a proximidade de lavouras novas a lavouras mais velhas; evitar semeadura sucessiva de milho na mesma área; otimizar o planejamento da cultura, preferindo períodos ótimos em detrimento de semeaduras tardias; objetivar diminuir as perdas de grãos durante a colheita; efetuar o tratamento de sementes; efetuar o controle da cigarrinha-do-milho conforme orientação técnica”, concluiu Felicetti.

Autor: Darlene Silveira – SEAPDR

Fonte: Disponível em Emater/RS-Ascar

Foto de capa: Embrapa Milho e Sorgo – Créditos: Elizabeth de Oliveira Sabato

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