A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o milho fechou a sessão de hoje com preços baixos. O mercado foi pressionado pela perspectiva de uma ampla oferta global. A colheita avançada no Brasil e a manutenção das condições favoráveis nos Estados Unidos, por sua vez, reforçaram o cenário negativo. A desaceleração do dólar frente a outras moedas e o aumento na demanda pelo produto estadunidense, contudo, limitaram perdas ainda maiores na sessão.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicou que 73% das lavouras norte-americanas estão em boas ou excelentes condições, maior percentual em nove anos, sem alteração em relação à semana anterior. Seguindo, 20% em situação regular e 7% em condições ruins e muito ruins.
A colheita de milho 2a safra 2024/25 atingiu 75,2% da área estimada no Brasil, conforme levantamento semanal da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados recolhidos até 2 de agosto. Na semana anterior, a colheita atingia 66,1% da área. No mesmo período do ano passado, a ceifa estava completa em 91,3% da área. Já a média para o período nos últimos cinco anos é de 77,6%.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) a venda de 128.000 toneladas de milho para destinos não revelados a serem entregues na temporada 2025/26. Toda operação envolvendo a venda de volume igual ou superior a 100.000 toneladas do grão, feita para o mesmo destino e no mesmo dia tem que ser reportada ao USDA.
Na sessão, os contratos com entrega em setembro de 2025 fecharam com baixa de 1,42%, ou 5,50 centavos, cotados a US$ 3,81 1/2 por bushel. Os contratos com entrega em dezembro de 2025 fecharam com queda de 5,00 centavos, ou 1,22%, cotados a US$ 4,02 por bushel.
Fonte: Pedro Diniz Carneiro – Safras News