Em trabalho apresentado e publicado nos anais do VIII Congresso Brasileiro de Soja, número 59, página 204 da sessão de Entomologia, realizado em Goiânia no ano passado, os autores LOBAK, T.; RUZZA, D.M.; NIMET, M.S.; SCHNEIDER NETO, A.; BARRIONUEVO, F.; PASINI, A.; ROGGIA, S. avaliaram o efeito sistêmico do inseticida imidacloprido + betaciflutrina (Connect®, Bayer S.A.) na mortalidade do percevejo-marrom (E. heros) em diferentes estádios de desenvolvimento da cultura da soja.

Os percevejos na cultura da soja possuem alto destaque em virtude do potencial de dano e dificuldade de controle, e o percevejo-marrom é o mais importante pela sua maior abundância e frequência em relação aos demais, apresenta ampla distribuição nas regiões produtoras e já ocorrem populações geográficas com tolerância a inseticidas.


Quer saber + sobre o tema: acesse nosso curso… No dia do trabalho, todos os cursos na promoção, por R$ 50,00.


Segundo Antuniassi (2005), boa parte dos agrotóxicos sistêmicos apresentam movimentação ascendente, assim, a tecnologia de aplicação precisa oferecer boa cobertura para que todas as partes da planta sejam atingidas. O conhecimento do perfil de translocação de um inseticida na planta é de grande importância para orientar a escolha da tecnologia de aplicação mais adequada para cada produto e praga.

Dessa forma, o trabalho realizado pelos autores constituiu-se de um experimento cujos tratamentos foram compostos por dois locais (estrato superior e inferior) de pulverização do produto na planta, além de plantas não pulverizadas, como testemunha; combinados com dois estratos de infestação com percevejos (estrato superior e inferior).

Para a pulverização, os autores utilizaram a concentração de 5mL do produto comercial por litro de calda, equivalente a dosagem de 750mL/ha para um volume de calda de 150L/há e o produto foi diluído em uma solução de 0,05% de Tween 80.


Leia também: Conheça mais sobre a soja resistente a percevejos


As plantas utilizadas nesse experimento foram infestadas com três adultos do percevejo-marrom na metade superior ou inferior de cada planta, de acordo com cada tratamento e a partir dos dados coletados foi calculada a taxa de mortalidade para cada tratamento.

Os resultados obtidos no trabalho podem ser observados na tabela abaixo.

Fonte: LOBAK, T.; RUZZA, D.M.; NIMET, M.S.; SCHNEIDER NETO, A.; BARRIONUEVO, F.; PASINI, A.; ROGGIA, S.

Como resultado, os autores não observaram a mortalidade de percevejos quando infestados abaixo do local de pulverização, indicando que o produto não transloca no sentido descendente em quantidade suficiente para causar mortalidade dos percevejos.

Por outro lado, destacam que ocorre mortalidade dos percevejos expostos de forma sistêmica quando infestados acima do local de aplicação do inseticida, indicando que há translocação do produto no sentido ascendente em quantidade suficiente para proporcionar mortalidade do inseto, concluindo que o inseticida que foi estudado é translocado na planta de soja no sentido ascendente, proporcionando mortalidade de percevejos expostos indiretamente, de forma sistêmica e que a ação sistêmica é maior em plantas jovens, no início da fase reprodutiva, do que em plantas mais velhas, no final do enchimento de grãos.

Leia o trabalho completo acessando: Ação sistêmica de Imidacloprido + Betaciflutrina aplicado em plantas de soja em diferente estádios na mortalidade do percevejo-marrom.

Elaboração: Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.


+ trabalhos sobre percevejos: Danos de Percevejos em cultivares de soja


 

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.