A cultura do algodão em MT começou a ganhar força a partir de 1997, de lá para cá, a fibra veio buscando seu espaço no cenário mato-grossense, aumentando as suas áreas chegando à 1,07 milhão de hectares destinadas ao cultivo e, consequentemente, se refletindo na produção e no retorno econômico tanto para o estado quanto para os produtores.
Isso foi possível devido à criação de auxílios e projetos no passado, com o intuito de impulsionar o desenvolvimento da cultura no estado. Com isso, atualmente o algodão se mantém como a segunda força econômica da agricultura mato-grossense, contribuindo com 20,67% do VBP agrícola do estado, ficando à frente do milho, que possui uma área mais de 4 vezes superior.
Apesar do contexto positivo, a grande discussão agora é se a cultura pode caminhar sem o programa de incentivo ao algodão, o que vem deixando os produtores apreensivos, visto que os custos de sua safra também andam crescendo a cada ano.
Confira os principais destaques do boletim:
• O preço Imea-MT caiu 1,67%, devido aos avanços da colheita no estado, ficando cotado a um valor de R$ 76,27/@.
• Com o aumento nas tensões comerciais entre China e EUA, o dólar encerrou a semana com uma alta 1,33%, finalizando assim com um valor semanal de R$ 3,82/US$.
• Em Mato Grosso os subprodutos de algodão caíram 5,49%, 4,60% e 3,36%, para o caroço, torta e óleo, cotados ao preço médio semanal de R$ 376,98/t, R$ 487,56/t e R$ 1.949,99/t, respectivamente.
• A colheita do algodão mato-grossense avançou nesta semana 10,68 p.p., alcançando assim 36,04% da área colhida no estado. Apesar das baixas temperaturas vistas no último final de semana, o sol forte e o clima seco no restante da semana contribuíram para a intensificação do processo a campo.
IMPORTAÇÕES DE MÁQUINAS:
O algodão em MT tem contribuído para o aquecimento econômico em diversos setores. Com isso, o setor de máquinas agrícolas (principalmente colheitadeiras) vem crescendo em 2019.
Desse modo, segundo dados do Mdic, foram importadas, de janeiro a julho, cerca de 41 colheitadeiras com destino a MT, enquanto em 2018 importaram 32 máquinas, isso no acumulado do ano. Essa alta por parte da demanda está ligada, principalmente, ao aumento consecutivo das áreas destinadas para o cultivo do algodão.
Em 2011, chegaram no estado as primeiras colheitadeiras de rolo, que melhoraram significativamente a eficiência no manejo da cultura.
No entanto, produtores mato-grossenses estão tendo dificuldades na aquisição de colheitadeiras novas, devido ao aumento da procura mundial por essas máquinas e a baixa oferta no mercado internacional, forçando os cotonicultores a importarem colheitadeiras usadas para suprir sua demanda e manter seu bom desempenho nas lavouras.
Fonte: IMEA