A comercialização de soja deverá seguir com operações pontuais no Brasil nesta quinta. Os preços tendem a subir, acompanhando os ganhos iniciais de Chicago e apesar do recuo do dólar. O clima segue no radar dos agentes. Há preocupação com a estiagem na Argentina e no Sul do Brasil. Já o excesso de chuvas retarda os trabalhos de colheita a partir do Sudeste do Brasil.
O mercado teve negócios moderados nesta quarta-feira. Os preços oscilaram de estáveis a mais altos. O movimento acompanhou a leve valorização das cotações em Chicago.
Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos seguiu em R$ 171,00. Na região das Missões, a cotação estabilizou em R$ 170,00. No Porto de Rio Grande, o preço permaneceu em R$ 177,00.
Em Cascavel, no Paraná, o preço ficou inalterado em R$ 169,00. No porto de Paranaguá (PR), a saca subiu de R$ 174,00 para R$ 175,00.
Em Rondonópolis (MT), a saca seguiu em R$ 158,00. Em Dourados (MS), a cotação estabilizou em R$ 157,00. Em Rio Verde (GO), a saca também valorizou de R$ 154,00 para R$ 156,00.
CHICAGO
* Os contratos da soja com vencimento em março operam com alta de 0,74% a US$ 15,30 3/4 por bushel.
* A oleaginosa busca suporte no clima seco na Argentina. Em contrapartida, a estimativa de estoques norte-americanos maiores que o esperado traz volatilidade aos preços que chegaram a operar no território negativo mais cedo.
* As exportações semanais dos Estados Unidos saem hoje. Analistas esperam vendas entre 600 mil e 1,2 milhão de toneladas.
* Ontem, a soja fechou com preços mistos. O mercado absorveu o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que trouxe poucas surpresas.
* A indicação de estoques americanos acima do esperado pressionou o mercado. Mas o corte na estimativa safra da Argentina sustentou alguns contratos. Os agentes também monitoram o clima chuvoso em parte do Brasil, atrasando a colheita. Quanto mais os trabalhos adiarem no Brasil, mais a China comprará soja americana, avaliam traders.
* Os estoques finais estão projetados em 225 milhões de bushels ou 6,12 milhões de toneladas, contra 210 milhões de bushels de janeiro – 5,71 milhões de toneladas. O mercado apostava em carryover de 210 milhões ou 5,71 milhões de toneladas.
* A projeção do USDA aposta em safra americana de 116,4 milhões de toneladas, repetindo dezembro. A safra brasileira foi mantida em 153 milhões de toneladas e a produção argentina cortada de 45,5 milhões para 41 milhões de toneladas.
PRÊMIOS
* Os preços FOB da soja apresentaram poucas oscilações ontem no mercado brasileiro. A leve alta em Chicago foi compensada pela queda nos prêmios. Traders notaram certa melhora na comercialização no mercado físico, pressionando os referenciais.
* Os prêmios de exportação da soja estavam em 35 a 40 pontos acima de Chicago no final da quarta no Porto de Paranaguá, para fevereiro. Para março, o prêmio era de 14 a 17 acima. Para abril de 2023, o prêmio estava em 17 a 18 pontos acima, conforme dados de SAFRAS & Mercado.
* O preço FOB (flat price) para março ficou entre US$ 561,40 e US$ 562,50 a tonelada na quarta-feira. No dia anterior, a cotação oscilou entre R$ 563,00 e R$ 564,10.
CÂMBIO
* O dólar comercial registra baixa de 0,21% a R$ 5,182. O Dollar Index recua 0,43% a 102,96 pontos.
INDICADORES FINANCEIROS
* As principais bolsas da Ásia fecharam mistas. Xangai, +1,18%; Tóquio, -0,08%.
* As principais bolsas na Europa operam firmes. Paris, +1,10%; Frankfurt, +1,33%; Londres, +0,73%.
* O petróleo registra perdas. O WTI para março recua 0,19% para R$ 78,73 o barril.
Fonte: Agência Safras