Grandes volumes de chuva e altas temperaturas foram os destaques no primeiro mês de 2022. Acumulados de chuva acima da média ocorreram nas Regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste. Na Região Sul, o maior destaque foi a onda de calor.

Na Região Nordeste, janeiro foi marcado pelas fortes chuvas que atingiram o estado do Maranhão, Piauí e oeste da Bahia, com volumes entre 200 e 350 mm. Também foram observados volumes significativos no Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, com totais entre 90 e 250 mm.

De modo semelhante, a Região Norte teve um mês bastante chuvoso em grande parte do seu território, com acumulados mensais predominantemente na faixa entre 200 e 350 mm. Exceto em Roraima, com totais entre 50 e 120 mm. No Centro-Oeste, os maiores volumes acumulados foram observados em Mato Grosso, oeste de Goiás e nordeste de Mato Grosso do Sul, com totais, predominantemente, entre 250 e 400 mm, dentro da faixa normal do período ou mesmo acima. Os volumes foram menores no Distrito Federal, oeste de Goiás e no sul de Mato Grosso do Sul, os totais ficaram entre 90 e 230 mm, resultando em áreas com chuvas abaixo da média.

No Sudeste, o mês foi bastante chuvoso em todos os estados, principalmente, no centro-sul de Minas Gerais, com totais entre 300 e 600 mm. Também houve volumes significativos no Rio de Janeiro, Sul do Espírito Santo e em São Paulo, com totais entre 150 e 350 mm. As chuvas intensas, na última semana do mês, com intensidade de mais de 60 mm em 24 horas, causaram alagamentos e transbordamento de rios em vários municípios em São Paulo.

Na Região Sul, mesmo com chuvas mais regulares em comparação ao mês anterior, a chuva registrada em janeiro não foi suficiente para atingir a média em toda a região. Os maiores volumes, com totais entre 100 e 250 mm, ocorreram no Paraná e no leste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Porém, nas demais áreas, os totais acumulados ficaram entre 60 e 100 mm. A região também foi atingida por uma onda de calor com máximas entre 35 e 42 °C em vários municípios, principalmente, no Rio Grande do Sul, destaque para Uruguaiana, com 42,1 °C no dia 20.

CONDIÇÕES OCEÂNICAS RECENTES E TENDÊNCIA

Em janeiro, provavelmente, a fase fria das anomalias de temperatura da superfície do mar (TSM) e La Niña tenham atingido o seu máximo. Foram observadas anomalias negativas de até -2 °C de TSM na segunda quinzena. Os registros diários da TSM no Oceano Pacífico Equatorial nas últimas semanas mostram um padrão de sinal negativo por volta de -1 °C na área conhecida como El Niño/La Niña 3.4 (entre 170°W-120°W), como pode ser observado no gráfico diário de anomalia de TSM. Contudo, a última semana de janeiro mostra uma elevação nas temperaturas, indicando uma provável tendência de enfraquecimento gradativo da La Niña e aproximação de uma fase de neutralidade.

Considera-se que o Oceano Pacífico Equatorial está na fase neutra quando as anomalias médias de TSM estão entre -0,5 °C e +0,5 °C durante alguns meses.

Os modelos de previsão de El Niño/La Niña apresentam probabilidade de 75% de manutenção de uma nova fase de La Niña no trimestre fevereiro, março e abril de 2022. Os modelos também indicam maior probabilidade de que o Oceano Pacífico deva entrar em uma fase de neutralidade entre abril e maio

PROGNÓSTICO CLIMÁTICO PARA O BRASIL – PERÍODO FEVEREIRO-MARÇO-ABRIL/2022

Para a Região Sul, as previsões climáticas indicam um predomínio de áreas com maior probabilidade de chuvas abaixo da média. Os desvios negativos de chuvas devem ser mais acentuados no Rio Grande do Sul e parte de Santa Catarina. No entanto, em fevereiro, algumas áreas do Paraná e de Santa Catarina podem ter acumulados de chuva próximos ou acima da média.

Para a Região Centro-Oeste, a previsão indica predomínio de áreas com probabilidades de chuvas acima da média ou dentro da faixa normal do período. Também no Sudeste, a previsão indica predomínio de áreas com probabilidades de chuvas acima da média ou dentro da faixa normal do período. Em fevereiro, as previsões apontam para a possibilidade de áreas com chuvas acima da média em todos os estados, com maior concentração principalmente nas duas primeiras semanas.

No Nordeste há predomínio de áreas com probabilidade de chuvas na faixa normal ou acima na região. No norte da Bahia, Sergipe e Alagoas há o risco de chuvas mais irregulares, podendo ficar abaixo da média. Em fevereiro, os maiores volumes devem ocorrer no Maranhão e no Piauí. Na Região Norte há predomínio de áreas com probabilidade de chuvas acima da média ou dentro da faixa normal do período.

Mais detalhes sobre prognóstico e monitoramento climático podem ser vistos na opção CLIMA do menu principal do sítio do Inmet (https://portal. inmet.gov.br).



Fonte: Conab

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