O Brasil, com condições climáticas favoráveis, deverá assumir a liderança no ranking de produção mundial de soja em 2019/20. As estimativas iniciais apontam para uma safra nacional encostando em 124 milhões de toneladas. Com problemas com o clima, os americanos deverão colher cerca de 105 milhões de toneladas.

     Os produtores brasileiros de soja deverão cultivar 36,631 milhões de hectares em 2019/20, a maior área da história, crescendo 0,8% sobre o total semeado no ano passado, de 36,339 milhões. A projeção faz parte do levantamento de intenção de plantio de SAFRAS & Mercado.

     Com uma possível elevação de produtividade, de 3.270 quilos para 3.396 quilos por hectare, a produção nacional deve ficar acima da obtida nesta temporada. A previsão inicial é de uma safra de 123,788 milhões de toneladas, 4,7% maior que as 118,242 milhões obtidas neste ano.

     O analista de SAFRAS & Mercado, Luiz Fernando Roque, destaca que, apesar do novo recorde, o ritmo de aumento da área deverá diminuir nesta safra, em comparação com as anteriores. As incertezas com relação a questões fiscais no Brasil – como as discussões envolvendo a Lei Kandir e o Funrural – somadas a um novo aumento dos custos, queda recente nos preços e indefinições sobre os rumos do mercado internacional no contexto da guerra comercial trazem um cenário de desconforto para o produtor brasileiro neste momento.

     “Tal desconforto leva, inicialmente, a intenção de elevar pouco a área a ser semeada com soja na nova temporada. Além disso, a recente melhora na remuneração da pecuária brasileira diminuiu o ímpeto da transferência de pastagens para o cultivo da oleaginosa”, explica Roque.

      Deverá haver algumas transferências de áreas de feijão e milho verão nas regiões centrais do país, mas também em um ritmo inferior às safras anteriores. A maioria dos estados brasileiros deverá ter aumento de área.

     Esta nova elevação da área brasileira, mesmo que sutil, trará novamente um potencial produtivo recorde para o país. “Se o clima permitir, o Brasil poderá se consolidar como o maior produtor do mundo da oleaginosa na temporada 2019/20, com potencial inicial de produção de 123,8 milhões de toneladas”, conclui o consultor.

     Fonte:  Agência SAFRAS – Dylan Della Pasqua

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