Comentários referentes à 12/02/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 12/02
O contrato de soja para março, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -1,51, ou $ -15,75 cents/bushel a $ 1027,75. A cotação de maio, fechou em baixa de -1,37% ou $ -14,50 cents/bushel a $ 1045,75. O contrato de farelo de soja para março fechou em baixa de -0,84 % ou $ -2,5 ton curta a $ 294,1 e o contrato de óleo de soja para março fechou em baixa de -1,02 % ou $ -0,47/libra-peso a $ 45,66.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quarta-feira. Os Fundos de Investimentos foram vendedores neste meio de semana, após os dados de inflação nos EUA virem acima do esperado pelo mercado. Com isso os papeis da soja foram afetados e fecharam e m baixa.
A entrada dos grãos da nova safra brasileira no circuito comercial também pesou sobre as cotações. Como normalmente acontece neste período do ano, as exportações americanas desaceleram e as brasileiras aumentam. Neste sentido a Anec estimou um aumento nos embarques de 9,77 para 10,10 milhões de toneladas de soja para exportação em fevereiro.
A Abiove manteve as indicações de janeiro para a safra brasileira de soja, de 171,7 milhões de toneladas produzidas e 106 milhões exportáveis, reforçando o coro sobre uma safra de soja cima das 170 milhões de toneladas.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
FUNDOS VENDEM SOJA PARA COBRIR PREJUÍZOS COM AÇÕES (baixista)
Após a confirmação de uma inflação maior que a esperada pelo mercado nos Estados Unidos – 3% na comparação anual, ante 2,9% no mês anterior e 2,8% previstos por investidores – e seu impacto negativo nos principais indicadores do mercado de ações em Wall Street, a soja encerrou o dia com preços mais baixos em Chicago, onde os Fundos operaram como vendedores do complexo soja.
AMÉRICA DO SUL-AUMENTO NO BRASIL COMPENSA QUEBRA ARGENTINA (baixista)
Entre os fundamentos do mercado agrícola que influenciaram a queda, destacaram-se a entrada da oferta brasileira no circuito comercial, que boa parte do setor privado continua prevendo em mais de 170 milhões de toneladas, e as chuvas que vêm sendo registradas em áreas produtoras da Argentina, que deram alívio às lavouras e podem melhorar as perspectivas, após o USDA ter ajustado ontem em seu relatório mensal de 52 para 49 milhões de toneladas sua estimativa sobre o volume da colheita de soja argentina.
BRASIL-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista para o Brasil, baixista para CBOT)
Em sua revisão semanal de estimativas, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) elevou sua previsão para os embarques de soja em fevereiro de 9,77 milhões de toneladas – o intervalo factível era de 8,30 a 11,24 milhões de toneladas – para 10,10 milhões – com intervalo de 8,30 a 11,90 milhões de toneladas, ante 1,10 milhão em janeiro e 9,61 milhões em fevereiro do ano passado. Em relação à farelo de soja, a entidade aumentou sua estimativa de embarques para o mês atual de 1,52 para 1,93 milhão de toneladas, ante 1,64 milhão no mês passado e 1,45 milhão no segundo mês de 2024.
EUA-DESACELERAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES (baixista)
A desaceleração nas exportações dos EUA também pressionou o mercado, o que os traders esperam que se torne mais pronunciado nas próximas semanas, à medida que a colheita no Brasil ganha ritmo. Esta situação também pode ser agravada pelas repercussões da guerra tarifária lançada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em vista de possíveis retaliações.
EUA-NOVA VENDA (altista)
Em seus relatórios diários, o USDA confirmou hoje uma nova venda de soja dos EUA para 2024/2025 para destinos desconhecidos, por 120.000 toneladas.
Fonte: T&F Agroeconômica