Comentários referentes à 31/03/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 31/03

Milho: A cotação de maio, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,88% ou $ 4,00 cents/bushel a $ 457,25. A cotação para maio, fechou em alta de 0,71% ou $ 3,25 cents/bushel a $ 463,25.

ANÁLISE DO MIX

O milho negociado em Chicago fechou de forma mista nesta segunda-feira. Para as duas primeiras datas cotadas a boa demanda americana deram suporte, para as demais, a possibilidade da maior safra de milho já vista nos EUA pressionaram as cotações, apesar do mercado já ter previsto esses dados.

Os embarques para exportação subiram 4,97% no comparativo semanal. Os bons dados de exportação levaram o USDA a reduzir 2,41% os estoques de milho em 1 de março nos EUA. No entanto, o relatório de perspectivas de plantio nos EUA para 2025/2026 apontou um aumento de área de plantio em 5,24%, que pode produzir um volume recorde de 401 milhões de toneladas de milho em 2025.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho B3 fechou de forma mista com entrada da nova safra, mas vendedor sem pressa de negociar

Os principais contratos de milho encerraram o dia de forma mista nesta segunda-feira. Grande parte das cotações fecharam em alta, com correções negativas para a safra 2026. O milho verão começou a aparecer, o que tranquiliza o comprador, mas por outro lado, o vendedor não está disposto a aceitar qualquer oferta, o que torna a queda dos preços no mercado físico lenta. A B3 ainda está com um preço muito descolado do físico, principalmente na base São Paulo. O mercado deve buscar um ponto de equilíbrio nos próximos dias.

Segundo boletim Cepea desta segunda “As negociações envolvendo milho vêm ocorrendo de forma pontual e regionalizada, conforme apontam levantamentos do Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, produtores estão concentrados nas atividades de campo. A colheita da safra de verão avança bem na maior parte das praças, e a semeadura da segunda safra caminha para a fase final. Do lado da demanda, muitos consumidores se mostram abastecidos, e com isso, se mantêm afastados do spot nacional e/ou compram lotes pontuais. Esse contexto tem resultado em pressão sobre as cotações em algumas regiões, como é o caso de Campinas (SP), conforme dados do Cepea. Ainda assim, os valores seguem em patamares elevados e acima dos praticados há um ano, em termos nominais.”

OS FECHAMENTOS DO DIA 31/03

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista no dia: o vencimento de maio/25 foi de R$ 77,72 apresentando alta de R$ 0,65 no dia, baixa de R$ -1,62 na semana; julho/25 fechou a R$ 72,29, alta de R$ 0,15 no dia, baixa de R$ -0,52 na semana; o vencimento setembro/25 fechou a R$ 71,51, alta de R$ 0,09 no dia e baixa de R$ -0,48 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
NOVAS AMEAÇAS DE TRUMP PARA A RÚSSIA (altista)

O milho encerrou a sessão de Chicago com ganhos nas duas primeiras posições e leves quedas nas demais. As melhorias de curto prazo foram influenciadas por um relatório positivo de inspeção de embarques e pelo aumento nos preços do petróleo (que ultrapassou 3% no fechamento do mercado de grãos), este último após a raiva repentina de Donald Trump com Vladimir Putin e ameaças do “Xerife Global” de impor tarifas entre 25% e 50% a todos os importadores de petróleo da Rússia.

TARIFAS SOBRE MÉXICO E CANADÁ (baixista)

A fraqueza nas posições de médio e longo prazo, no entanto, estava relacionada aos temores dos traders sobre as tarifas de 25% sobre importações de produtos do México e Canadá, dois parceiros importantes para o milho e o etanol dos EUA, respectivamente, que entrarão em vigor na quarta-feira, e as perspectivas para uma safra de 2025/2026 que, pelo menos nos Estados Unidos, deve ser abundante.

EUA-ESTOQUES COMO ESPERADOS (altista)

Em relação aos relatórios divulgados hoje pelo USDA, o volume trimestral de estoques da agência nos EUA em 1º de março correspondeu exatamente à média das estimativas privadas, em 207,04 milhões de toneladas, 2,41% abaixo dos 212,16 milhões de toneladas relatados um ano antes.

EUA-PLANTIO COMO ESPERADO (baixista)

E em relação à intenção de plantio 2025/2026, que o mercado já supunha ser superior aos 36,66 milhões de hectares do ciclo 2024/2025, o USDA projetou 38,58 milhões de hectares, acima dos 38,19 milhões de hectares previstos em média pelos operadores e dos 38,04 milhões de hectares antecipados no Fórum Anual de fevereiro. Vale ressaltar que o trabalho deve começar nos próximos dias, mas pode ser atrasado pelas chuvas previstas para grande parte do Centro-Oeste nesta semana, o que melhorará o equilíbrio hídrico do solo.

EUA-PRODUÇÃO ACIMA DO ESPERADO (baixista)

Assim como na soja, assumindo os 38,58 milhões de hectares, uma área de 35,30 milhões de hectares e o rendimento médio previsto pelo USDA em seu Fórum Anual de 11.361 kg por hectare, resultaria em uma colheita recorde de 2025/2026 nos EUA de cerca de 401 milhões de toneladas, superior à colheita anterior de 377,63 milhões de toneladas.

EUA-EXPORTAÇÕES MAIORES (altista)

O relatório semanal de inspeção de remessas do USDA foi positivo para o mercado de milho dos EUA, relatando remessas de 1.614.406 toneladas, acima das 1.538.042 toneladas relatadas no relatório anterior e da faixa estimada por produtores privados, que era de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas.

BRASIL-CHUVAS BENEFICIAM LAVOURAS (baixista)

Sobre a safrinha no Brasil após o fechamento do plantio, a consultoria AgRural indicou que na semana passada chegaram chuvas bem-vindas em diversas áreas produtoras que necessitavam de mais umidade no Centro-Sul. “A irregularidade das chuvas e o calor, no entanto, continuam mantendo os produtores em alerta. A exceção é Mato Grosso, onde as lavouras continuam se beneficiando de um bom padrão de chuvas”, disse a empresa.

Fonte: T&F Agroeconômica



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