Comentários referentes à 27/02/2025, por T&F Agroeconômica
FECHAMENTOS DO DIA 27/02

Milho: A cotação de março, referência para a nossa safra de verão, fechou em baixa de -2,82% ou $ -13,50 cents/bushel a $ 464,75. A cotação para maio, fechou em baixa de -2,53% ou $ – 12,50 cents/bushel a $ 481,00.

ANÁLISE DA BAIXA

O milho negociado em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. As cotações do cereal fecharam o quinto dia em queda em um dia com diversas notícias negativas para a formação de preços do milho. Trump voltou a afirmar que as tarifas serão impostas no dia 4 de março e não 2 de abril como antes anunciado, o que pode afetar diretamente o comercio internacional do milho.

Neste sentido, o USDA informou nesta quinta que as venda para exportação “caíram 45% em relação ao relatório anterior e 47% em relação à média das últimas quatro semanas”. O Fórum anual do USDA prevê uma maior área, safra recorde e estoques finais 27% maiores para a temporada 25/26 de milho nos EUA.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3: Milho da B3 está em alta no Brasil se descolando do preço de Chicago

Os principais contratos de milho encerraram o dia em alta nesta quinta-feira (27). Com exceção um pequeno ajuste negativo e pontual em novembro 25, o milho da B3 fechou em alta novamente. A demanda interna pelo cereal, em um momento de dificuldade logística e de pouco grão disponível está elevando os preços no mercado físico e na bolsa. A crescente demanda de milho para etanol no país está estimulando os preços em um momento que tradicionalmente eles começam a ceder. A alta do dólar eliminou a baixa de Chicago no dia.

OS FECHAMENTOS DO DIA 27/02

Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta no dia: o vencimento de março/25 foi de R$ 86,83 apresentando alta de R$ 0,47 no dia, alta de R$ 4,11 na semana; maio/25 fechou a R$ 82,61, alta de R$ 0,41 no dia, alta e R$ 4,01 na semana; o vencimento julho/25 fechou a R$ 74,17, alta de R$ 0,01 no dia e alta de R$ 0,71 na semana.

NOTÍCIAS IMPORTANTES
FORUM DO USDA AUMENTA PRODUÇÃO DE MILHO (baixista)

Em seu Fórum Anual, o USDA projetou hoje 38,04 milhões de hectares de milho plantados nos EUA para a temporada 2025/2026, acima dos 36,66 milhões no ciclo anterior e dos 37,84 milhões de hectares previstos por fontes privadas. Além disso, a entidade estimou a nova safra em um recorde histórico de 395,87 milhões de toneladas – a maior marca atual é de 389,67 milhões, referente ao ciclo 2023/2024 –, contra os 377,63 milhões da atual temporada e os 393,39 milhões previstos pelos operadores antes do Fórum. O estoque final foi de 49,91 milhões de toneladas, 27,58% superior aos 39,12 milhões que permaneceriam após a atual safra.

EUA-EXPORTAÇÕES FRACAS (baixista)

O relatório semanal de exportação do USDA foi negativo para o mercado americano, pois registrou vendas de milho 2024/2025 de 794.700 toneladas, abaixo das 1.453.800 toneladas do relatório anterior e da faixa esperada pelos operadores, que era de 900.000 a 1.650.000 toneladas. “As vendas líquidas caíram 45% em relação ao relatório anterior e 47% em relação à média das últimas quatro semanas”, disse a agência, que classificou o México como principal destino, com 378,8 mil toneladas.

TRUMP OFICIALIZA TARIFAS CONTRA CANADÁ E MÉXICO (baixista)

E como se isso não bastasse, hoje Trump declarou que as tarifas sobre as importações do México e do Canadá entrarão em vigor em 4 de março, ao contrário do que ele disse ontem na primeira reunião de gabinete, que esses impostos começariam a entrar em vigor em 2 de abril. Dentro de um comércio muito amplo, esses países são os principais compradores de milho e etanol dos EUA, respectivamente. Daí a relevância de quaisquer possíveis represálias.

ALTA VOLATILIDADE (baixista)

Como observamos ontem em referência ao relacionamento dos EUA com a China e a União Europeia, mas sem dúvida aplicável ao resto do mundo, as tarifas “podem entrar em vigor, aumentar ou ser adiadas dependendo do ‘humor’ de Trump”. Isso dá aos preços dos grãos um alto nível de volatilidade, sem data de validade.

ARGENTINA-PLANTIO ADIANTADO (baixista)

Em seu trabalho sobre as lavouras argentinas, o BCBA informou hoje um avanço semanal de 3 pontos percentuais na colheita de milho para grão comercial, o que elevou o avanço total do trabalho para 5,4% da área planejada. “Este progresso está 3,7 pontos acima da média dos últimos cinco anos. O maior progresso foi registrado no Norte-Centro de Santa Fé, Entre Ríos e na zona núcleo.

Nesta última região, o trabalho foi adiantado devido ao estresse termo-hídrico sofrido pelas culturas durante o enchimento de grãos, o que, em alguns casos, causou um término precoce desta etapa, resultando em perdas de rendimento devido ao menor peso dos grãos. Apesar dessas condições, os resultados preliminares indicam um rendimento médio de 77,9 quintais por hectare, com uma produção parcial acumulada de 2,77 milhões de toneladas. Neste contexto, mantemos nossa projeção de produção em 49 milhões de toneladas”, detalhou a entidade, que elevou a proporção de milho em condição excelente/normal de 70 para 71%, contra 87% no mesmo período em 2024, e de 64 para 65% a parcela em condição hídrica ótima/adequada, contra 65% no mesmo período em 2024. 76% válido há um ano.

Fonte: T&F Agroeconômica



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