Por T&F Agoeconômica, comentários referentes à 26/06/2025
FECHAMENTOS DO DIA 26/06
O contrato de soja para julho, referência para a safra brasileira, fechou em baixa de -0,24%, ou $ -2,50 cents/bushel a $ 1022,75. A cotação de agosto, fechou em baixa de -0,17% ou $ -1,75 cents/bushel a $ 1027,75. O contrato de farelo de soja para julho fechou em baixa de -1,85 % ou $ -5,1 ton curta a $ 270,9 e o contrato de óleo de soja para julho fechou em alta de 1,35 % ou $ 0,70/libra-peso a $ 52,52.
ANÁLISE DA BAIXA
A soja negociada em Chicago fechou em baixa nesta quinta-feira. As cotações da oleaginosa seguem em queda com as boas condições ambientais no começo da safra americana. As vendas para exportação seguem lentas, como uma queda de 25,32% no comparativo semanal, sem a presença do principal comprador mundial. Neste sentido, a China fez uma compra teste de 30 mil toneladas de farelo de soja da Argentina, o principal fornecedor mundial do subproduto, a primeira desde 2019, quando os chineses autorizaram a compra do farelo argentino. Este é apenas um caso de teste”, de acordo com um Trader de Cingapura familiarizado com o assunto. “Algumas empresas se uniram e reservaram 30.000 toneladas. Se passar pela inspeção e quarentena da China, esperamos mais negócios.”
NOTÍCIAS IMPORTANTES
EUA-CONTINUAM AS BOAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS E A AUSÊNCIA DA CHINA (baixistas)
A soja está em queda pela quinta sessão consecutiva em Chicago e, entre os fatores que influenciam a tendência de queda, estão as condições ambientais favoráveis ao desenvolvimento da cultura no Centro-Oeste, com previsões estendidas de 6 a 14 dias prevendo chuvas acima do normal; a demanda em queda da China, que até o momento não realizou nenhuma compra de soja americana da safra 2025/2026; e a pressão do ritmo tranquilo das exportações brasileiras.
EUA-VENDAS MAIS FRACAS, MAS ESPERADAS (neutras)
O USDA reportou vendas de soja 2024/2025 de 402,9 mil toneladas, abaixo das 539,5 mil toneladas do relatório anterior, mas dentro da faixa estimada pelos traders, que era de 200 mil a 600 mil toneladas. Com pouco mais de 60.000 toneladas cada, os três principais destinos foram Holanda, México e Egito. As vendas para 2025/2026 foram reportadas em 156.200 toneladas, acima das 75.200 toneladas da semana anterior e da faixa estimada por investidores privados, que era de 0 a 150.000 toneladas.
EUA-MENOS ÁREAS SOB SECA (baixista)
Após a atualização semanal do mapa de monitoramento da seca nos Estados Unidos, a proporção de solos do Centro-Oeste sob condições de seca moderada caiu de 7,45% para 6,13%, em comparação com 3,86% no mesmo período em 2024. Com esses dados, o USDA reduziu a área coberta por soja em condições de seca de 13% para 12%, número superior aos 6% vigentes há um ano.
ARGENTINA-PRIMEIRO EMBARQUE DE FARELO PARA A CHINA (altista para a Argentina, baixista para Brasil e CBOT)
A notícia de um primeiro embarque de farelo de soja argentino para a China, no valor de 30.000 toneladas, contribui para a tendência de queda desse subproduto em Chicago. Embora a China não seja um grande comprador de farelo, visto que o obtém do processamento de soja importada, esse desenvolvimento marca mais um sinal de reaproximação entre o gigante asiático e fornecedores sul-americanos, alternativas aos Estados Unidos, em meio à segunda guerra comercial, temperada por uma trégua que até o momento não contribuiu em nada positivo para os interesses dos exportadores americanos.
Fonte: T&F Agroeconômica