Em prosseguimento a colheita da maior commodity produzida no RS, chegando aos 95% da área implantada. A produtividade média do Estado está 2,75% acima da inicialmente estimada para o RS, chegando a 3.218 quilos por hectare, propiciando uma produção de cerca de 18,7 milhões de toneladas.
Nas regiões da Fronteira Noroeste e Missões, a produtividade média vem superando a expectativa inicial e tem atingido cerca de 3,3 toneladas por hectare. A colheita está concluída na maioria das propriedades, restando a soja safrinha. Nas Missões a colheita está mais avançada. A chuva ocorrida foi benéfica para a cultura que ainda está em desenvolvimento, porém com alta incidência de doenças.
Nas áreas de solo mais raso e pedregulho, ocorreram perdas em decorrência da irregularidade das chuvas (em Alecrim e Porto Vera Cruz). Em Três de Maio, foi observada a ocorrência de mosca-da-haste (Melanagromyza sp.). Em áreas de safrinha, a alta incidência de ferrugem asiática tem comprometido a produtividade de lavouras, com perda total, sendo inclusive abandonadas pelos agricultores.
Isso reacende a discussão sobre a conveniência do plantio fora de época e a necessidade da adoção do vazio sanitário. No Planalto Médio, foi encerrada a colheita com uma produtividade média na faixa de 3.800 quilos por hectare.
Lavouras sendo finalizadas nas regiões do Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial. Produtividade alcançada dentro da prevista inicialmente para essas regiões. No Alto Uruguai, resta apenas cerca de 1% de áreas de resteva. A produtividade está na média de 3,8 toneladas por hectare. Nos Campos de Cima da Serra, a colheita ainda está em andamento, restando ainda 10% da área, especialmente naquelas em resteva de trigo e aveia, onde a semeadura foi realizada no final do período recomendado.
No Médio Alto Uruguai e na região do Rio da Várzea, a colheita avançou, evoluindo para 90 %, com bons rendimentos por hectare, mantendo-se próximo das 3,6 toneladas por hectare. Há lavouras apresentando produções recordes, chegando em alguns casos até 5,4
toneladas por hectare.
Na região Sul, segue a colheita dentro da normalidade e com expectativa de ótimos rendimentos nas áreas de coxilha. A exceção serão os municípios da fronteira, em relação aos quais as produtividades diminuíram por conta da pouca quantidade de chuvas nos períodos críticos no enchimento de grãos.
Nas áreas planas e em rotação com arroz irrigado, também houve perdas localizadas onde há problemas de drenagem, devendo acontecer a diminuição da produtividade nestas áreas.
Nas áreas de coxilha, os rendimentos alcançam até 75 sacos por hectare, mas com produtividade de referência em 55 sacos por hectare. Nas áreas em direção à fronteira com o Uruguai, as produtividades não deverão ultrapassar os 40 sacos por hectare em razão das precipitações mais escassas nas últimas semanas.
Nas regiões da Encosta da Serra do Sudeste, as produtividades serão bem consideráveis, sempre acima dos 55 sacos por hectare. Produtores procuram crédito de custeio agrícola e pecuário de inverno para saldar os custeios de verão, evitando faturar a soja por apostarem na recuperação do preço.
Mercado (saca de 60 quilos)
Mantendo tendência de queda, o preço médio no Estado provoca retração na comercialização. Nessa semana a queda foi de 1,93% em relação à passada. Preços sendo praticados entre R$ 62,50 a R$ 70,50/sc., com média estadual em R$ 66,56/sc. Assim, a rentabilidade das lavouras este ano fica abaixo da do ano passado.
Nesta mesma data em 2018, o preço da soja era de R$ 78,72/sc., o preço dos insumos era menor e a produtividade, semelhante. A manutenção da tendência de queda do preço do produto é fator que causa apreensão aos produtores em função da diminuição da lucratividade das lavouras.
Fonte: Emater/RS