Em Chicago, as cotações do milho ficaram praticamente estáveis, com leve viés de baixa. O fechamento desta quinta-feira (02/11) ficou em US$ 4,70/bushel, contra US$ 4,79 uma semana antes.

A colheita do cereal, nos EUA, chegava a 71% da área no dia 29/10, contra a média histórica de 66% para esta data. Por sua vez, os embarques estadunidenses de milho, na semana encerrada em 26/10, chegaram a 531.516 toneladas, ficando dentro das expectativas do mercado. Com isso, o total embarcado no atual ano comercial, atingia a 4,94 milhões de toneladas, ou seja, 17% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.

Já no Brasil, os preços subiram levemente em algumas regiões, enquanto em outras a estabilidade foi a tônica. A média gaúcha, por exemplo, chegou a R$ 53,42/saco, enquanto nas demais praças nacionais os valores oscilaram entre R$ 35,00 e R$ 55,00/saco.

O plantio do milho de verão, no Centro-Sul brasileiro, atingia a 53% da área esperada, no final de outubro, contra 56% na mesma época do ano passado. (cf. AgRural) Muitas regiões vêm sofrendo com o excesso de umidade, o que atrasa o plantio e compromete, em parte, lavouras já semeadas, pois o granizo igualmente tem se feito presente no sul do país.

Especificamente no Rio Grande do Sul, o plantio atingia a 78% da área esperada, até o dia 1º de novembro, contra a média histórica de 74% nesta data. Cerca de 13% da área já semeada estava em floração naquela data. (Cf. Emater) Já no Paraná, no final de outubro, a área semeada com o cereal atingia a 93%, com 1% da mesma em floração. 83% das lavouras estavam em boas condições, 15% estavam em situação média e 2% ruins. (cf. Deral)

Diante dos atuais percalços climáticos, analistas privados sinalizam que a produção final de milho, no Brasil, em 2023/24, possa recuar 8% em relação a este último ano, ficando em 128 milhões de toneladas. A safrinha ficaria em 99 milhões de toneladas, com recuo de 8,7% sobre 2022/23. (Cf. StoneX)

Enfim, o Brasil embarcou, no mês de outubro, um total de 8,4 milhões de toneladas de milho. Isso representou 24,5% acima do exportado no mesmo mês do ano anterior. Assim, a média diária de embarques foi 12,7% superior a registrada um ano antes. (Cf. Secex)

Segundo consultores privados, o ritmo das exportações é que continuará definindo o comportamento dos preços internos do milho. Espera-se fechar dezembro com 52 milhões de toneladas exportadas, havendo mais 10 milhões a serem exportadas em janeiro e fevereiro do próximo ano. (Cf. Brandalizze Consulting)

O preço da tonelada exportada recuou 19,5% sobre o ano anterior, fechando a US$
226,60 na média de outubro/23.

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Fonte: Informativo CEEMA UNIJUÍ, do prof. Dr. Argemiro Luís Brum¹

1 – Professor Titular do PPGDR da UNIJUÍ, doutor em Economia Internacional pela EHESS de Paris-França, coordenador, pesquisador e analista de mercado da CEEMA (FIDENE/UNIJUÍ).

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