Céu aberto: Com a trégua das chuvas em grande parte do Estado e o período de sol na última semana, o cotonicultor mato-grossense conseguiu dar uma atenção maior no campo e deixar em dia os tratos culturais, o que colabora com o desenvolvimento vegetativo e reprodutivo do algodão em Mato Grosso.
No que se refere à sanidade das lavouras, o bicudo do algodoeiro, principal praga da cultura, segue sob controle até o momento, no entanto, em algumas regiões produtores relataram problemas com ácaro rajado. De modo geral, os campos apresentam aspecto uniforme, desenvolvimento vegetativo adequado, e bom potencial produtivo.
Para as próximas semanas é esperado uma redução gradativa no volume de chuvas no Estado, o que será de grande importância para a continuidade da manutenção da sanidade das lavouras e evitar danos por apodrecimento das maçãs, para que não haja surpresas desagradáveis no final do ciclo da cultura do algodão.
Confira os principais destaque do boletim:
• O preço Imea – MT fechou a semana praticamente estável, com variação de 0,03%, e finalizando a um preço de R$ 89,90/@.
• Em decorrência da alta do dólar nesta semana, a paridade de exportação para o contrato de jul/19 finalizou com um acréscimo de 0,51%, ficando cotada a R$ 100,86/@.
• Ainda pautado em decorrência da incerteza quanto a reforma da previdência, a moeda norte-americana avançou na semana, ficando cotada a R$ 3,95/US$ com um acréscimo de 1,03%.
• Os subprodutos de algodão mato-grossense encerram semana apresentando mais uma queda se comparado as cotações anteriores, ficando com um recuo de 5,03%, 5,45% e 5,35%, para o caroço, a torta e o óleo, respectivamente.
MELHORES CONDIÇÕES: Segundo o relatório do USDA, os cotonicultores norte-americanos já semearam 11,00% da área estimada para o cultivo do algodão da safra 19/20, ante 12,00% na safra passada.
Este leve atraso perante a safra anterior é justificado pelas condições climáticas em algumas regiões dos Estados Unidos, onde no começo da janela de semeadura ainda apresentavam uma grossa camada de gelo, dificultando assim os trabalhos de campo. Na região nordeste e central do Texas (maior produtor de algodão dos EUA), a ocorrência de chuvas nos últimos dias elevou a umidade do solo na região, melhorando as condições para o cultivo da fibra no Estado.
Já nas regiões do delta do Mississipi e na Geórgia, para as próximas semanas é esperado uma janela de sol, o que pode favorecer a semeadura, principalmente os produtores que ainda precisam finalizar suas operações pré-plantio nas lavouras, uma vez que o fator climático tem interferido no início do manejo das lavouras.
Fonte: IMEA