O estádio V12 caracteriza-se por apresentar a décima segunda folha com colar visível (estrutura encontrada na base da folha).
Veja também: Desenvolvimento da cultura do milho: décima folha (V10) x manejo
Figura 1. Planta de milho no estádio V12.
Embora as inflorescências femininas (espigas potenciais) tenham sido formadas um pouco antes da formação do pendão (V5), o número de óvulos (grãos potenciais) em cada inflorescência feminina e o tamanho da espiga estão sendo agora determinados no estádio V12. Nesse estádio a planta poderá perder as quatro folhas mais velhas e atingir de 85% a 95% da sua área foliar, além de dar início à formação das raízes adventícias aéreas.
Figura 2. Estádio V12: determinação do tamanho da espiga.
O número de fileiras de grãos em cada espiga já foi estabelecido, mas a determinação do número de grãos por fileira não será completada até cerca de uma semana do florescimento ou em torno do estádio V17.
A inflorescência feminina mais alta (Figura 4) ainda é menor do que as inflorescências femininas inseridas mais abaixo; porém, muitas das espigas superiores têm aproximadamente o mesmo tamanho.
Figura 3. Estádio V12: número de fileiras de grãos já estabelecido.
Figura 4. Estádio V12: inflorescência feminina superior ainda é menor do que as inseridas mais abaixo.
Práticas de manejo para V12
Desde que o número de óvulos e o tamanho da espiga estão sendo determinados neste momento, as deficiências de umidade e de nutrientes nesta época podem reduzir seriamente o número potencial de sementes e o tamanho das espigas colhidas.
O potencial desses dois fatores também está relacionado com o período de tempo disponível para sua determinação, geralmente desde em torno do estádio V10 até o estádio V17.
Os híbridos de maturação precoce geralmente passarão por esses estádios em um tempo mais curto e geralmente terão espigas menores do que os híbridos de maturação tardia. Portanto, maiores densidades de semeadura são necessárias para que os híbridos de maturação precoce tenham produções de sementes comparáveis aos de maturação tardia.
A partir de agora, as pragas que mais oferecem problemas para a cultura do milho são as lagartas do cartucho e dos capinzais e as cigarrinhas, que são transmissoras de doenças.
O produtor deve dar ênfase ao manejo integrado de pragas, valorizando a integração e a implementação de práticas de controle, com base na previsão de consequências econômicas, ambientais ou sociais (controle cultural, biológico natural e aplicado e controle químico). O uso de inseticidas seletivos é de fundamental importância para a manutenção das populações de inimigos naturais.
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Fonte das informações: IPNI.
Elaboração: Engenheira Agrônoma Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.
Foto de capa: IPNI.
