O rendimento da cultura da soja aumentou significativamente nas últimas três décadas, sendo que na safra 2017/2018 ocupou uma área superior a 35 milhões de hectares, com produção estimada em torno de 115 milhões de toneladas (CONAB, 2018), isso se deve à combinação do ganho genético das cultivares e no manejo da cultura, principalmente relacionado ao manejo integrado de pragas, sendo uma cultura bastante suscetível ao ataque de vários insetos desde a germinação à colheita.

A área de soja Intacta RR2 tem aumentado nestas últimas safras, no entanto o Brasil ainda apresenta grande área de soja convencional não Bt. Duas pragas se destacam neste caso, a lagarta falsa-medideira, Chrysodeixis includens e a lagarta Helicoverpa, Helicoverpa armigera, que comumente atacam a cultura em diversas fases do seu desenvolvimento gerando prejuízos consideráveis ao produtor.



O manejo de lagartas e pragas de forma geral na cultura da soja deve levar em consideração vários fatores quanto a amostragem, entendimento da biologia da praga, níveis para controle e presença de inimigos naturais no sistema. O controle químico é o método mais utilizado por parte dos produtores, e neste quesito a utilização de inseticidas com eficiência comprovada a campo, é de grande importância para que se tenha o sucesso no manejo.

Em trabalho apresentado e publicado nos anais do VIII Congresso Brasileiro de Soja, número 45, página 163 da sessão de Entomologia, realizado em Goiânia no ano passado, os autores GUSTAVO RIBEIRO CAMARGO; GERMISON VITAL TOMQUELSKI; JOSIANE OLIVEIRA; CLAUDEMIR THEODORO e NAIARA LUCHIAR   avaliaram o efeito de alguns inseticidas no controle de Chrysodeixis includens e Helicoverpa armigera na cultura da soja, em condições de campo. O trabalho pode ser encontrado nos anais do VIII Congresso Brasileiro de Soja, número 45, página 163 da sessão de Entomologia.

O experimento foi conduzido na área experimental da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Chapadão – Fundação Chapadão, Chapadão do Sul – MS. Nos tratamentos os autores utilizaram Proclaim 50 SG® (0,15 kg do p.c. ha-1) e Ribon® (0,25 L do p.c. ha-1), Proclaim 50 SG® (0,2 kg do p.c.ha-¹) e Ribon® (0,25 L do p.c. ha-1), Exalt® (0,1 L do p.c. ha-1), Pirate® (0,8 L do p.c. ha-1), Verismo® (0,8 L do p.c. ha-1), Avatar® (0,4 L do p.c. ha-1), Voraz® (0,5 L do p.c. ha-1) e Larvin® (0,4 kg do p.c. ha-1).



 Durante a observação das populações das duas espécies de lagartas, os autores observaram que os tratamentos 3 (Proclaim 50 SG 0,15 kg associado a Ribon 0,25 L ha-1), 6 (Verismo 0,8 L ha-1) e 7 (Avatar 0,4 L ha-1) apresentaram as maiores eficiências na avaliação com 3 dias após a 1ª aplicação. Aos 10 dias após a 1ª aplicação ainda os tratamentos 3, 4 (Exalt dose de 0,1 L ha-1), 5 (Pirate 0,8 L ha-1) e 6, apresentaram as maiores médias de controle.

Após a 2ª aplicação a praga diminuiu sua infestação, sem ocorrerem diferenças significativas entre os tratamentos aplicados, restando algumas lagartas no tratamento testemunha. Aos 7 dias após a 1ª aplicação observaram a infestação de Chrysodeixis includens, sendo realizado a batida de pano para contabilização. Nesta data se observou que os tratamentos 3, 4, 5, 8 (Voraz 0,5 L ha-1) e 9 (Larvin 0,4 kg ha-1) apresentavam eficiências de controle nesta praga superiores a 80%, diferindo significativamente da testemunha.

Após a 2ª aplicação na avaliação de 2 dias, observaram que os tratamentos 3, 5, 6 e 7 apresentaram eficiência superiores a 80% de controle, diferindo significativamente da testemunha. Aos 7 dias foi observado que o tratamento 3 ainda apresentava eficiência superior a 90% de controle.   As eficiências ao longo das datas avaliadas apresentam certa variação para cada inseticida, em função do seu modo de ação. Desta forma as informações geradas pelos autores nesse trabalho devem ser analisadas pelo produtor, a fim de que ele possa adequar os resultados ao manejo adotado na lavoura.

Os resultados obtidos pelos autores podem ser observados nas tabelas abaixo:

Fonte: GUSTAVO RIBEIRO CAMARGO; GERMISON VITAL TOMQUELSKI; JOSIANE OLIVEIRA; CLAUDEMIR THEODORO e NAIARA LUCHIAR (2018).
Fonte: GUSTAVO RIBEIRO CAMARGO; GERMISON VITAL TOMQUELSKI; JOSIANE OLIVEIRA; CLAUDEMIR THEODORO e NAIARA LUCHIAR (2018).

O trabalho pode ser encontrado nos anais do VIII Congresso Brasileiro de Soja, número 45, página 163 da sessão de Entomologia.


Leia também: Ocorrência de Copidosoma spp. parasitando Chrysodeixis includens na cultura da soja


Elaboração: Andréia Procedi – Equipe Mais Soja.

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