Nematoides são vermes parasitas que atacam diversas espécies de culturas, com grande presença nas lavouras de soja do estado de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Triângulo Mineiro e estados do Norte e Nordeste do país. São organismos complexos que se alimentam de nutrientes, evitando o desenvolvimento das plantas e enchimento de grãos. Entre os sintomas, há o amarelecimento das folhas e o baixo desenvolvimento.
Dados da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN) indicam que a presença desses organismos no campo causa prejuízos de cerca de R$ 35 bilhões por ano, sendo que a soja é a cultura mais afetada e metade das perdas ocorrem em lavouras da leguminosa, algo em torno de R$ 16 bilhões.
De acordo com Rosangela Silva, pesquisadora na Fundação Mato Grosso (Fundação MT), além do nematoide do cisto da soja, que é o mais conhecido e frequente na maioria das regiões produtoras, nas grandes áreas de plantio de soja tem crescido a incidência de algumas raças do nematoide de cisto. Além de Heterodera glycines, outras espécies como o nematoide reniforme, que ataca diversas espécies de plantas, inclusive o algodoeiro, também tem aumentado.
“Esse ainda é um problema que impacta muito no resultado da agricultura, pois reduz a produtividade das lavouras e gera prejuízos ao produtor, podendo deixar a safra inviável”, diz. Segundo ela, aos primeiros sinais, o agricultor deve buscar a identificação da espécie e se o problema for o nematoide de cisto, a identificação da raça e de extrema relevância. “Dessa forma é mais fácil traçar um planejamento para conviver com o verme e prevenir episódios futuros”, comenta.
Atualmente, o mercado tem oferecido soluções para tornar as raízes menos suscetíveis ao ataque desses vermes, o que tem auxiliado no controle. Além disso, o melhoramento genético tem exercido papel fundamental para assegurar lavouras produtivas por meio de cultivares resistentes.
“O investimento na pesquisa genética é cada vez mais necessário para reduzir os prejuízos aos produtores”, diz Eduardo Kawakami, head de P&D na TMG – Tropical Melhoramento & Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo. De acordo com o especialista, “o uso de estratégias de pesquisa para o desenvolvimento de cultivares resistentes, no menor espaço de tempo possível, beneficia o produtor porque permite safras mais produtivas, seguras e sustentáveis, desde que o agricultor siga as recomendações de plantio e manejo.
TMG conta com cultivares desenvolvidas para ajudar o produtor no combate aos nematoides
A TMG tem em seu portfólio a cultivar TMG 2379 IPRO, cuja tecnologia apresenta resistência ao nematoide do cisto, raças 3 e 14 e moderada resistência ao nematoide de galha e mancha alvo. Além disso, conta com alto potencial produtivo, inclusive em abertura de plantio. Há também a TMG 2383 IPRO, que conta com resistência ao nematoide de cisto (raças 1 e 3) e ao nematoide R. reniformis, além de alto potencial produtivo, ampla adaptabilidade de regiões, plasticidade em relação ao estande de plantas e boa sanidade foliar.
Para Kawakami, “é sempre importante informar o produtor rural que existem cultivares já disponíveis para ajudar a evitar condições que podem prejudicar a agricultura, além de assegurar o máximo potencial produtivo das lavouras”. Para Rosangela, o produtor precisa poder contar com tecnologias capazes de mitigar os riscos de prejuízos. “As inovações científicas e tecnológicas podem ajudar muito para reduzir as perdas e suprir as demandas do campo”, finaliza.
Sobre a TMG
A TMG (Tropical Melhoramento e Genética S/A) é uma empresa independente de melhoramento de soja, algodão e milho com base no Brasil, com instalações de última geração que permitem o desenvolvimento rápido de novas cultivares, adaptadas a diferentes locais do mundo. A TMG está focada em desenvolver soluções genéticas para entregar produtividade e rentabilidade aos agricultores, que contribuam para atender a demanda mundial de grãos e fibras de forma sustentável. No algodão, por exemplo, a empresa desenvolve há 22 anos um programa de melhoramento genético focado nas necessidades dos cotonicultores e foi pioneira ao lançar cultivares com tolerância à ramulária, principal doença do algodoeiro. Essas inovações levam um número maior de benefícios ao campo e ajudam a reduzir os custos de produção.
Fonte: Assessoria de Imprensa TMG