As disponibilidades mundiais deverão diminuir em 10,5 milhões de toneladas, devido à redução em vários dos principais países exportadores. Os declínios na produção são liderados pela Rússia, que deverá produzir 3,8 MT a menos do que o ano passado, devido às temperaturas extremamente altas e às precipitações abaixo da média em Junho, quando o trigo de inverno ganha corpo.
A produção da Rússia deverá ficar em 74,2 MT, ainda assim o seu segundo maior recorde. Também a União Europeia e a Ucrânia deverão sofrer com as condições de clima quente e seco em Junho, que deverão reduzir os rendimentos, embora a produção das duas regiões permaneça bem acima da do ano passado.
A Austrália e o Canadá também reduziram significativamente as suas produções, devido às reduções de área, segundo os últimos relatos governamentais. As exportações globais foram reduzidas em 2,3 MT diante da redução das disponibilidades. As exportações da Rússia foram reduzidas em 2,5 MT e as da Austrália e da Ucrânia em 1,0 MT e 0,5MT, respectivamente.
Estas reduções nas exportações foram parcialmente compensadas com o aumento de 500 mil tons nas exportações da União Europeia e de 1,4MT dos EUA. O consumo mundial foi reduzido em 2,9 MT, principalmente diante da redução do consumo residual e para ração.
Com as disponibilidades globais diminuindo mais do que o uso, os estoques mundiais foram reduzidos em 7,9 MT para 286,5 MT, mas ainda assim permanecem recordes.
Fonte: T&F Agroeconômica