No mês de out.22, o custo de produção do milho para o ciclo 2022/23 em Mato Grosso apresentou uma retração, ante o mês anterior. O custeio da lavoura registrou redução de 0,31% no comparativo mensal, e ficou estimado em R$ 3.355,76/ha.
Esse movimento ocorreu devido a menor demanda por fertilizantes no mercado internacional, que impactou nas cotações desses produtos no estado. Vale destacar que apesar da redução dos preços dos fertilizantes e do favorecimento das relações de troca (barter) para o produtor, a comercialização do adubo para a próxima safra do cereal se encontra atrasada em 8,20 p.p., ante o ciclo 2021/22, com 74,96% do total negociado.
Por fim, uma parcela de produtores seguem aguardando melhores oportunidades de negócio para travar seus custos, contudo, com aproximação do início da semeadura do milho, a tendência é que essas negociações se intensifiquem nos próximos meses.
Confira os destaques do boletim
PARIDADE JUL 23: devido à alta do prêmio portuário em Santos e do dólar, a paridade jul.23 encerrou a semana com adição de 4,43%, ficando cotada a R$ 70,25/sc.
DÓLAR: refletindo as preocupações em relação à condução da política fiscal no próximo ano, o dólar teve uma alta de 2,87% no comparativo semanal.
MILHO JUL/23: a prorrogação do acordo do Mar Negro aumentou a pressão sobre os preços, fazendo o milho futuro encerrar a semana com queda de 0,80%.
Falta de chuva dificulta o avanço da semeadura do milho primeira safra para o ciclo 2022/23
Até sábado (12/11), 53,90% da área de milho estimada foi semeada no Brasil, segundo os dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), um avanço de 10,90 p.p. no comparativo com a semana anterior. Já em relação ao mesmo período da safra passada, o percentual indica um atraso de 9,10 p.p.
Esse cenário está atrelado à redução nos volumes de chuva que ocorrem nas principais regiões que cultivam o milho primeira safra no Brasil, como a Sul e Sudeste, nas quais os produtores aguardam maiores volumes de chuvas para intensificar a semeadura do cereal.
Contudo, para o próximo mês, são esperados volumes diários de chuva abaixo da média histórica em grande parte das regiões, segundo as estimativas da NOAA, o que pode vir a prejudicar a produtividade, e por consequência, a produção estimada de milho primeira safra no Brasil para o ciclo 2022/23.
Fonte: Boletim semanal n° 727 – Milho – IMEA