Foram divulgadas pelo USDA as novas estimativas para oferta e demanda do mercado do milho nacional. Conforme os dados, a produção do cereal para a safra 19/20 se manteve nos mesmos níveis de 101,0 milhões de toneladas, como nos últimos relatórios, colocando os estoques finais 43,81% inferiores aos do mesmo período da safra passada, totalizando 4,39 milhões de toneladas.
Já para a safra 20/21, o departamento aponta uma estabilização da demanda do grão no país, projetando um consumo doméstico de 68,00 milhões de toneladas para os 107 milhões previstos para a produção.
Deste modo, os estoques finais para a safra futura devem aumentar 56,95% ante a safra 19/20, agora estimados em 6,89 milhões de toneladas. Por fim, em relação ao estoque/consumo final, foi elevado em 52,51% na comparação com a safra passada, refletindo a expectativa do recorde na produção e a demanda incerta ainda no país.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• Os preços do cereal no estado, foram impactados com o avanço da colheita. Assim, fechou a semana cotado a R$ 31,31/sc, queda de 1,54%.
• Na média semanal, o indicador do milho na Cepea fechou em queda de 0,19% em relação à semana passada, cotado a R$ 46,99/sc.
• Com mais um corte de 0,75% na taxa Selic pelo Banco Central, o dólar subiu e fechou cotado a R$ 5,25/US$, alta de 5,98% frente à semana passada.
• A colheita no estado teve bom avanço nesta semana. O Instituto considera que 16,35% da área semeada já esteja colhida. Tal crescimento representa avanço de 8,05 p.p. em relação à semana passada.
Situação dos armazéns:
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), a capacidade ideal de armazenagem é de 120% da produção total, porém, estima-se que Mato Grosso possua apenas 54,09% deste volume. No entanto, o forte avanço das exportações e do esmagamento de soja nesta safra veio favorecer na liberação de espaço nos armazéns para o milho no estado.
Além disso, em relação a próxima temporada, a boa notícia é o lançamento do plano safra na última semana que projetou mais recursos para armazenagem, o que pode estimular o investimento no setor. Para se ter uma ideia, a capacidade de armazenagem cresceu apenas 1,26% ao ano desde 2015, enquanto a produção do estado cresceu 2,15% a.a.
Assim, para que a segurança alimentar seja cumprida, esforços nesta área são cada vez mais importantes para o estado, que atualmente conta com capacidade de 37,93 milhões de toneladas de grãos, segundo os dados da Conab de 2019.
Fonte: Imea