O relatório divulgado pelo Imea na última segunda-feira (16/05) trouxe novamente reajustes nos indicadores do custo de produção do milho em Mato Grosso. Assim, a estimativa para abr.22 referente ao custeio da próxima safra está em R$ 3.327,43/ha. Para se ter uma ideia, isso representa um incremento de 39,79% no custo de produção em relação à temporada passada.

Os componentes que mais tiveram participação neste aumento foram os fertilizantes, defensivos e sementes com 59,97%, 23,09% e 21,11%, respectivamente. Essa elevação é pautada pelos preços aquecidos dos insumos agrícolas, principalmente os adubos, o que já vem ocorrendo desde o início das negociações para à safra, em função da menor oferta de fertilizantes no mercado após o início da pandemia e, mais recentemente, pelos conflitos na Europa.

Por fim, os altos preços dos fertilizantes vem influenciando na comercialização do produto que se encontra 12,99 p.p. atrasada em relação ao mesmo período do ano passado.

Confira agora os principais destaques do boletim:

  • Alta: Com previsões de geada nas regiões produtoras de milho no país, as cotações do
    cereal na bolsa brasileira (B3) apresentaram alta de 6,24% se comparadas as da semana passada.
  • Recuo: Com o avanço da semeadura do milho nos EUA, as cotações na bolsa americana (CME Group) de milho tiveram um leve recuo, negociadas a US$ 7,91/bu na última semana.
  • Queda: Devido a desvalorização do dólar frente outras moedas em função das políticas monetárias menos rigorosas contra a inflação americana. O dólar teve queda de 3,36% na última semana.

Safra 2021/22 é caracterizada com antecipação histórica da colheita de milho em Mato Grosso.

Dados do primeiro relatório de colheita divulgado pelo Imea na última sexta-feira (20/05) indicam que até o momento em Mato Grosso foram colhidos 1,24% dos 6,32 milhões de hectares estimadas para a safra, desse modo, isso representa uma antecipação de 1,24 p.p. em relação à última temporada.

Com relação às regiões, as mais avançadas no estado foram a médio-norte, noroeste e centro-sul, com 2,30%, 1,31% e 1,14% colhidos, respectivamente. Esse cenário positivo foi influenciado pela semeadura adiantada da soja no estado, decorrente dos bons volumes de chuva que foram observados logo após o fim do vazio sanitário (15.set) em MT.

Desse modo, a cultura de segunda safra foi uma das beneficiadas com um plantio antecipado em relação a toda a série histórica do Instituto e 82,74% foram plantados dentro da janela ideal (25.fev) para a safra 2021/22.

Fonte: IMEA

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