A comercialização da pluma para a safra 19/20 avançou 2,41 p.p. no mês de março, alcançando 98,17% da produção. Com o produtor firme na pedida e a menor disponibilidade da fibra no estado, o preço médio valorizou 6,40% ante o mês passado, chegando à marca de R$ 142,33/@ em MT.
Já em relação à safra 20/21, com o fim da semeadura do algodão e as primeiras áreas apresentando boas condições até o momento, os produtores voltaram a negociar grandes volumes. Assim, a venda da pluma avançou 5,60 p.p. em relação ao mês passado, chegando a 67,93% da produção.
No entanto, o ritmo segue 8,71 p.p. atrasado em relação à safra passada – devido ao receio da menor produção para a safra. Por fim, no cenário futuro (21/22) as vendas da pluma ainda estão tímidas e em março apenas 17,34% da produção está vendida. O atraso em relação à safra passada chegou a 12,43 p.p., por outro lado, o percentual ainda está acima da média dos últimos cinco anos.
Confira agora os principais destaques do boletim:
• O indicador Cepea, com pagamento em oito dias, caiu 0,07%, fechando em R$ ₵ 479,50/lp na semana passada, pautado pela queda do dólar.
• Mesmo com a valorização do Basis, as paridade de exportação para contratos de jul/21 e dez/21 apresentaram quedas de 0,93% e 0,31%, respectivamente. Tal declínio se deve à desvalorização do dólar.
• O Basis para o contrato jul/21 valorizou 5,00% nesta semana, variando de ¢US$ 2,88/lp para ¢US$ 2,93/lp, puxado pela demanda aquecida pela pluma.
• A Secex divulgou as exportações da pluma mato-grossense referente ao mês de março. Assim, foram escoadas 174,28 mil toneladas, alta de 67,85% em relação ao mesmo período do ano passado.
Consolidação de área:
O Imea divulgou a consolidação das áreas de algodão em MT para a safra 20/21 a área total ficou firmada em 942,37 mil hectares, recuo de 16,76% em relação à safra 19/20 e queda 6,89% em comparação com o último levantamento – a menor área dos últimos dois anos.
Com o atraso na semeadura da soja e consequentemente a postergação da colheita da oleaginosa, o produtor do estado teve uma janela de plantio apertada e, com os altos custos com a produção do algodão, muitos cotonicultores decidiram reduzir a área ou até mesmo não plantar.
Além disso, a participação da primeira safra de algodão foi maior neste ano (14,42%), devido ao reposicionamento de algumas áreas de segunda para primeira safra e ao abandono de alguns talhões de soja que precisariam ser ressemeados.
Por fim, com a redução nas áreas e a manutenção da produtividade do estado em 285,46 @/ha, a produção de algodão em caroço ficou estimada em 4,04 milhões de t. Relatório completo aqui.
Fonte: IMEA