A temporada 20/21 de soja em Mato Grosso começou com uma seca e está finalizando sob muita chuva. Por um lado, as áreas precoces ficaram, em parte, com potencial produtivo comprometido. Por outro lado, as chuvas e a luminosidade desde dezembro permitiram às áreas mais tardias chegarem ao final do ciclo com bom ou ótimo potencial produtivo.

Com isso, e considerando que mais da metade das áreas do estado já foram colhidas até a última sexta-feira (26/02/21), a estimativa do Imea para a produtividade média da soja foi acrescida em 0,40 sc/ha, passando a ser agora de 57,81 sc/ha.

Em relação à área, ficam mantidos os 10,30 milhões de ha estimados até o momento. Já em relação à produção, a modificação na produtividade elevou em 0,70% a expectativa para o estado. Assim, a produção passa a ser esperada em 35,74 milhões de t, quase 1,00% superior à temporada 19/20, que havia sido o recorde até então.

Confira agora os principais destaques do boletim:

• Com o avanço gradual da colheita em MT, o indicador Imea-MT acumulou alta de 2,31% na média semanal, cotado a R$ 152,46/sc.

• O clima quente e seco na Argentina e chuvoso no Brasil continuou sustentando as cotações na CME-Group, que apontou alta de 1,91% na média semanal, a US$ 14,05/bu.



• Os prêmios para a soja no porto de Santos-SP ficaram pressionados na última semana e registraram contração de 55,00%, cotado a US$ 0,12/bu na média.

• A redução dos preços dos subprodutos na CME-Group e a alta da soja em grão fizeram com que a relação soja/farelo e óleo indicasse queda de 18,34% na média semanal.

Colheita: 

Mesmo com os elevados volumes de chuvas ainda atrasando o progresso nas lavouras, a colheita de soja em MT atingiu 52,14% até a última sexta-feira (26/02/2021), o que representa um avanço semanal de 17,63 p.p. Apesar disso, o atraso continua: 31,96 p.p. em relação à safra anterior e de 17,59 p.p. comparado à média dos últimos cinco anos.

Esta safra é a mais atrasada desde a temporada 11/12, quando a colheita neste momento atingia 51,61% das áreas. Em relação às regiões, o menor percentual colhido do estado continua com a centro-sul, com 33,54% das áreas, influenciado pelas chuvas nas últimas semanas.

Já a região oeste apresenta o maior percentual colhido: 65,94%. Vale destacar que, mesmo com a seca no ano passado e as perdas de qualidade de grão em algumas lavouras (com o excesso de chuva na colheita), até o momento as produtividades não estão desagradando tanto o produtor. O problema agora está na segunda safra.

Fonte: IMEA

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