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Mancha-alvo: manejo com fungicida pode controlar até 60% da doença na soja

Por Wheverton Cabral

Uma das doenças mais presentes na cultura da soja é a Corynespora cassicola, conhecida popularmente como mancha-alvo. Caracterizada como um patógeno de final de ciclo, ela é causadora de manchas circulares nas folhas das plantas, que podem atingir um diâmetro considerável, além de causar o amarelecimento. O nome pelo qual ela é mais conhecida é decorrente do formato das manchas, que são semelhantes a anéis e possuem coloração escura.

A mancha-alvo está presente em todas as regiões agrícolas brasileiras e, além da soja, é comum na cotonicultura. Para o melhor manejo do patógeno, as principais ações a serem tomadas pelo sojicultor são o manejo com fungicidas, a escolha de cultivares resistentes e a rotação de culturas. Em caso de áreas com a monocultura, é importante realizar o revolvimento do solo – prática que consiste na remoção dos restos culturais – para evitar também plantas daninhas e pragas.

Em relação à escolha correta do fungicida, o produtor deve ficar atento aos princípios ativos existentes em cada produto. O Protioconazol e a Estrobilurina são princípios-ativos presentes em alguns produtos e que se mostram efetivos no controle não só da mancha-alvo, mas também em outras doenças na sojicultura, como a ferrugem-asiática (Phakopsora pachyrhizi).

Estudos realizados pela Corteva Agriscience na safra 2022/23 para comprovar a eficiência de diversos fungicidas existentes no mercado brasileiro no manejo da mancha-alvo na soja identificaram maior eficácia de produtos com Protioconazol e Estrobilurina, em comparação a outros produtos no controle ao patógeno que não contavam com os ativos em suas formulações. O levantamento, composto por onze ensaios em seis estados das regiões Centro-Oeste e Nordeste, mostrou que o fungicida com os princípios ativos citados anteriormente controlou 60% de uma testemunha com a mancha-alvo, enquanto os outros nove fungicidas testados registraram controle entre 38% e 50%. A mesma solução também demonstrou eficácia superior no manejo de ferrugem-asiática (83,5%, contra 74% a 80% de outros produtos).

Neste momento em que o início da próxima safra se aproxima e que o Brasil, mais uma vez, poderá ser protagonista na produção de grãos, sobretudo de soja – segundo a consultoria StoneX, em levantamento divulgado em agosto, o país estima colher 163,5 milhões de toneladas da oleaginosa na temporada 2023/24. E o manejo de doenças é fundamental para o sucesso no desempenho da lavoura. Com a escolha correta do fungicida, o produtor rural terá a certeza do controle efetivo da mancha-alvo e de outros patógenos comuns à oleaginosa, evitando perdas produtivas no campo e continuando a busca por altas produtividades na cultura.

Wheverton Cabral é mestre em Produção Vegetal pela Universidade de Rio Verde (GO) e é gerente de Agronomia para a região Centro-Norte da Corteva Agriscience

Fonte: Assessoria de Imprensa Corteva



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