Conab reduz a safra de milho em 0,87% para 114,59 MT e o estoque final em 8,9% para 9,88 MT

O relatório mensal de Oferta e Demanda, divulgado pela CONAB, nesta quinta-feira, registrou queda de 0,87% na produção da safra 21/22, que passou de 115,60 MT para 114,59 MT, como mostra o gráfico oficial acima. A demanda interna sofreu leve redução de 0,06% para 77,12 MT, as exportações continuaram inalteradas e os estoques finais recuaram 8,9% de 10,84 MT para 9,88 MT. Em tese, este relatório deveria ser altista para os preços, mas as cotações da B3 recuaram 0,24% nesta sexta-feira e, no mercado doméstico, os compradores continuaram ausentes, sinal de que não estão preocupados com a redução dos estoques.

Conab aumenta em 660 mil tons a safra de milho de 22/23: A Conab informou hoje sua estimativa para a safa brasileira de milho 22/23 em 125,53 MT, 1% ou 660 mil toneladas a mais do que as 124,87 MT estimadas em abril. Este total se divide em 21,5% ou 27,04 MT da primeira safra ou d verão (setembro/abril); 76,5% ou 96,13 MT da segunda safra ou Safrinha (fevereiro/agosto) e 2% ou 2,34 MT da terceira safra (maio/outubro) cuja produção ocorre principalmente na região nordeste e

MERCADO DO DIA

FECHAMENTOS DO DIA 11/05: A cotação de maio fechou em baixa de -2,01% ou $ -13,00/bushel a $ 632,50. A cotação para julho 2023, início da nossa safra de inverno, fechou em baixa de -1,98% ou $ -11,75 bushel a $ 582,25.

CAUSAS DA QUEDA: O milho de Chicago devolveu a alta do dia anterior e fechou em queda, com o mercado prudente um dia antes da divulgação do relatório Wasde. A perspectiva de uma grande safra mundial pressionou a cotação. A semeadura avançada nos EUA, a indicação de aumento da safra brasileira pela CONAB, uma pequena redução na expectativa mas um aumento no comparativo anual da produção europeia e a manutenção dos dados da Argentina selaram a baixa dessa quinta-feira.

NOTÍCIAS IMPORTANTES DO DIA 11/05

MILHO-IBGE: A produção nacional de milho foi estimada em 119,9 milhões de toneladas, com crescimento de 8,8% ante 2022. A lavoura de milho 1ª safra deve somar 27,9 milhões de toneladas, um aumento de 9,8% em relação a 2022. O milho 2ª safra deve totalizar 91,9 milhões de toneladas, aumento de 8,5% em relação a 2022.

EXPORTAÇÃO-EUA: Exportadores dos Estados Unidos venderam 257,3 mil toneladas de milho da safra 2022/23 na semana encerrada em 4 de maio, informou o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O volume representa aumento de 11% ante a média das quatro semanas anteriores.

COLHEITA-ARGENTINA: Os produtores argentinos tinham colhido 21,2% da área apta, avanço de 1,5 ponto porcentual na semana. A produtividade média nacional está em 4.540 quilos por hectare. A estimativa de produção foi mantida em 36 milhões de toneladas.

CONDIÇÕES DAS LAVOURAS-ARGENTINA: A parcela da safra de milho na Argentina em condição boa ou excelente passou de 4% para 2%. A bolsa disse que a parcela em condição normal aumentou de 42% para 43%. Já o porcentual em condição regular ou ruim passou de 54% para 55%.

SAFRA DE MILHO NA EUROPA: A Stratégie Grains espera que a produção de milho na UE alcance 62,1 milhões de toneladas em 2023/24, após uma safra reduzida de 52,2 milhões de toneladas em 2022/23. A produção de cevada deve diminuir para 49,9 mil toneladas, de 51,2 mil toneladas em 2022/23, devido ao clima extremamente seco na Espanha, disse a consultoria.

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL

Milho recua 0,24% em dia em que a Conab reduz os estoques finais da safra 21/22.

CAUSAS DA OSCILAÇÃO: O mercado reagiu com ar muito blasé acerca do relatório oficial da Conab sobre a situação do quadro de oferta e demanda do milho no Brasil. Como todos sabemos, o estoque final é o ponteiro do relógio de qualquer quadro de Oferta e Demanda no mundo. Com isto, a redução de 8,9% deveria sacudir o mercado, mas o que se viu hoje foi uma nova queda de 0,24% nas cotações do primeiro mês cotado. E por quê? Porque serão suficientes para encostar na próxima safra, que será 9,5% ou 10,94 MT maior do que a safra anterior e está às portas. Não há, portanto, necessidade de aumentar os preços. Aparentemente haverá matéria-prima para todos, mesmo contando com o aumento das exportações.

OS FECHAMENTOS DO DIA 11/05: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista: o vencimento maio/23 fechou a R$ 59,00, baixa de R$ – 0,14 no dia e baixa de R$ -3,47 na semana; julho/23 fechou a R$ 59,16, alta de R$ 0,17 no dia e baixa de R$ -2,64 na semana; o vencimento de setembro/23 foi de R$ 61,15, baixa de R$ -0,01 no dia e baixa de R$ -2,66 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



 

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