FECHAMENTOS DO DIA 19/07: A cotação para setembro23, referência para a nossa safra de inverno, fechou em alta de 3,17 % ou $ 16,75 cents/bushel a $ 545,50. A cotação de dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 3,46 % ou $ 18,50 cents/bushel a $ 553,00.

CAUSAS DA FORTE ALTA: O milho negociado em Chicago fechou novamente em forte alta nessa quarta-feira. O milho americano não subiu tanto quanto o dia anterior, mas assim como o trigo, acumula alta de cerca de 11% após os dois dias na escalada da guerra no Mar Negro. O bombardeio aos portos de Odessa e Chornomorsk, destruindo 60.000 toneladas de grãos, segundo os ucranianos, e a declaração russa que, “as águas internacionais nas partes noroeste e sudeste do Mar Negro são temporariamente perigosas para o transporte marítimo”, fizeram os Fundos de Investimento correr para cobrir as suas posições em aberto, tanto nos EUA como na Europa. O volume de contrato negociado de milho em Chicago subiu cerca de 48% pelo segundo dia consecutivo. Saindo de 282.173 contratos negociados no dia 17 para 625.547 no dia 19. O volume negociado na Euronext saltou 253,35% em um dia. Vale ressaltar que esse movimento não é um aumento de demanda e sim de contratos negociados pelos Fundos de Investimento que buscam lucros na bolsa. A sessão noturna do dia 20 abriu em alta. O milho americano ainda adiciona o fator clima em suas cotações, com a preocupação da seca sobre o rendimento das lavouras em um mês chave para o desenvolvimento da planta.

NOTÍCIAS IMPORTANTES MILHO:

BRASIL DEVE DOMINAR COMÉRCIO MUNDIAL NOS PRÓXIMOS MESES: O milho do Brasil está mais acessível do que o grão norte-americano no mercado de exportação, o que provavelmente pesará sobre os preços futuros na Bolsa de Chicago (CBOT) no curto prazo. Apesar da alta dos últimos dias, alguns traders veem a pressão como inevitável. “O milho brasileiro mantém um leve desconto na Ásia considerando todos os custos, e há poucas dúvidas de que o Brasil dominará o comércio global de milho durante o verão e o outono (do Hemisfério Norte)”, disse em nota Daniel Flynn, do Price Futures Group. Fonte: Dow Jones Newswires.

MILHO-EXPORTAÇÃO NA TEMPORADA 2022/23 DEVE ATINGIR 54,1 MILHÕES DE TONELADAS: A Agroconsult projetou nesta quarta-feira, em evento de encerramento da etapa milho do Rally da Safra, que o Brasil deve exportar na temporada 2022/23 54,1 milhões de toneladas, contra 45 MT projetadas pela Conab e 55 MT projetadas pelo USDA. Já o consumo interno deve alcançar 81,3 milhões de toneladas. Segundo o sócio-diretor da Agroconsult, André Passôa, o milho do Brasil já é o mais competitivo do mundo para a China, US$ 20 por tonelada abaixo do valor do cereal dos Estados Unidos. Nesse sentido, os maiores gargalos não são os concorrentes, mas sim questões envolvendo restrições de logística nos portos e déficit de armazenagem. Ele lembrou que “ainda há um grande volume de soja a ser exportado”. Sobre possíveis benefícios ao Brasil do fim do acordo de exportação de grãos do Mar Negro, Pessôa minimizou: “Em tese, este seria um estímulo adicional por uma restrição colocada a um dos competidores, mas na prática os nossos desafios são os nossos portos aqui. O grande limitador é quanto a gente vai ser capaz de colocar lá fora.”

B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL

Com escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia, milho se valoriza na B3.

CAUSAS DA ALTA: A quarta-feira apresentou uma nova escalada de tensões entre Rússia e Ucrânia, o que levou os vencimentos de milho a se valorizarem em diversos mercados financeiros. Pela lógica, a situação que leva ao fim do corredor de exportações deve trazer diversos compradores a procurar milho brasileiro, o que pode impulsionar ainda mais as exportações. No mercado físico, ao que tudo indica, também houve maior procura dos compradores em relação ao milho, onde diversas praças apresentaram valorizações. No porto de Paranaguá, a valorização média foi de 3,48%, e em São Francisco, de 4,3% em relação ao dia de ontem, nas indicações CIF com entregas até novembro.

OS FECHAMENTOS DO DIA 19/07: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam em alta: o vencimento setembro/23 fechou a R$ 59,48, alta de R$ 1,81 no dia e alta de R$ 4,16 na semana; o vencimento de novembro/23 foi de R$ 62,30, alta de R$ 1,64 no dia, alta de R$ 3,46 na semana; janeiro/23 fechou a R$ 66,06, alta de R$ 1,77 no dia e alta de R$ 4,06 na semana.

Fonte: T&F Agroeconômica



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