FECHAMENTOS DO DIA 31/10: A cotação para dezembro23, a principal data negociada nos EUA, fechou em alta de 0,10 % ou $ 0,50 cents/bushel a $ 478,75. A cotação de março24, referência para a nossa safra de verão, fechou em alta de 0,05 % ou $ 0,25 cents/bushel a $ 493,00.
CAUSAS DA ALTA: O milho negociado na bolsa de Chicago fechou em leve alta nessa terça-feira. O mercado está ajustando posições e oscilando pouco nos últimos dias. A grande dúvida está na safra brasileira, que, por conta do clima extremo, com excesso de chuva no sul e falta de umidade no centro- oeste e norte, pode afetar os números finais da temporada, principalmente em relação ao milho safrinha. O leve atraso na colheita americana em relação ao ano anterior, mas ainda acima da média histórica, também deu suporte à cotação.
NOTÍCIAS IMPORTANTES
BRASIL/CONAB- PLANTIO ALCANÇA 37,2%: O plantio de milho-verão do ciclo 2023/24 alcançava 37,2% da área estimada para o Brasil até o sábado, segundo a Conab, 2,6 pontos porcentuais atrás do reportado no período equivalente da temporada anterior. Os trabalhos avançaram 4,2 pontos porcentuais ante a última semana. A implantação das lavouras acelerou na Região Sul, alcançando 91% da área no Paraná, 81% em Santa Catarina e 79% no Rio Grande do Sul.
BRASIL/CONAB- EXPORTAÇÃO MAIOR: O Brasil exportou em setembro mais milho do que em setembro do ano passado. Segundo boletim da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), os embarques do milho, foram 34 milhões de toneladas, contra 24,2 milhões de toneladas embarcadas de janeiro a setembro do ano passado. Segundo a Conab, o Arco Norte continua sendo uma importante saída para este produto. “Para o milho, a participação destes portos dessa região no escoamento atingiu, em setembro, 43,3% da movimentação nacional contra 34,1% para o porto de Santos.
UCRÂNIA, 4º MAIOR EXPORTADOR MUNDIAL DE MILHO, PODE PERDER PERMANENTEMENTE SUA CAPACIDADE DE PRODUÇÃO NO SETOR AGRÍCOLA: Com os ataques russos contraparte importante da infraestrutura da Ucrânia, o país deve acumular perdas financeiras superiores a US$ 3 bilhões neste ano, “o que presumivelmente levará a maioria das empresas à falência”, disse o Commerzbank citando dados do relatório Ukrainian Agri Council. Considerando um cenário mais “otimista”, as perdas são estimadas em US$ 1,2 bilhão. Isso se deve aos preços de venda mais baixos, combinados com custos elevados de produção e logística, disse o banco alemão. Até o momento, os ucranianos já perderam 40% da capacidade de exportação portuária. “Nesse contexto, há um risco de que as capacidades de produção na Ucrânia sejam perdidas permanentemente”, escreveu a analista Thu Lan Nguyen. O banco alemão destacou, ainda, que a Ucrânia já desempenha um papel consideravelmente menor no mercado de trigo. De acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), é provável que o país represente apenas 5% das exportações mundiais de trigo neste ano, em comparação com quase 10% na temporada 2021/22. As perdas seriam ainda maiores no caso do milho: a Ucrânia respondeu por 15% das exportações globais de milho na temporada passada, uma proporção que deverá cair para 10% em 2023/24.
B3-MERCADO FUTURO DE MILHO NO BRASIL
B3 fecha o mês com saldo positivo impulsionada pela exportação.
CAUSAS DO MIX: Os contratos de milho na BMF fecharam de forma mista nesta terça-feira Apenas novembro teve uma pequena retração no último pregão do mês, os demais meses negociados fecharam e alta. No acumulado do mês o saldo foi positivo, com valorização perto de 4% para a maioria dos contratos. Os preços muito baixos do mercado interno e externo abriram espaço para alguma valorização ao longo do mês. A demanda de exportação em bom ritmo colaborou para a alta. Os dados divulgados pela Conab nesta terça-feira corroboram com o fato. No acumulado de janeiro a setembro, o Brasil exportou 34 milhões de toneladas, contra 24,2 milhões de toneladas embarcadas no mesmo período do ano passado. Chicago, por sua vez, fechou o mês em alta de apenas 0,42%.
OS FECHAMENTOS DO DIA 31/10: Diante deste quadro, as cotações futuras fecharam de forma mista: o vencimento de novembro/23 foi de R$ 60,70, baixa de R$ -0,12 no dia, alta de R$ 1,52 na semana; janeiro/24 fechou a R$ 64,73 alta de R$ 0,39 no dia, alta de R$ 1,96 na semana; o vencimento março/24 fechou a R$ 68,61, alta de R$ 0,48 no dia e alta de R$ 1,91 na semana.
Fonte: T&F Agroeconômica