Chicago:
As cotações do milho, em Chicago, subiram um pouco durante a semana, porém, vêm se mantendo dentro de certa estabilidade desde o início de maio, com o bushel oscilando entre US$ 4,40 e US$ 4,65. Nesta quinta-feira (23) o fechamento ficou em US$ 4,64, para o primeiro mês cotado, contra US$ 4,57 uma semana antes.
Enquanto isso o plantio do milho, nos EUA, até o dia 19/05, atingiu a 70% da área esperada, contra a média histórica de 71% para esta época do ano. Cerca de 40% das lavouras do cereal estavam germinadas naquela data, contra 39% na média. Já em relação aos embarques de milho, os EUA atingiram a 1,21 milhão de toneladas na semana encerrada em 16/05, com o volume ficando um pouco acima da expectativa máxima do mercado. No total do atual ano comercial, os EUA já exportaram 35,2 milhões de toneladas, ou seja, 29% acima do registrado no mesmo período do ano anterior.
Brasil:
E no Brasil os preços seguem com viés de alta, especialmente no Rio Grande do Sul, diante das perdas provocadas pelas enchentes neste mês de maio no Estado. Além disso, o clima segue quente e seco no Paraná, São Paulo e sul de Mato Grosso do Sul preocupando os agricultores e o mercado em geral. Em tal contexto, a média gaúcha fechou a semana em R$ 57,39/saco, enquanto nas demais praças nacionais os valores oscilaram entre R$ 36,00 e R$ 58,00/saco.
Os vendedores do cereal vêm disponibilizando pouco produto no mercado, enquanto os compradores parecem retraídos. Mesmo assim, os preços sobem um pouco em algumas regiões. Dito isso, a colheita da safrinha já começou no Paraná, Mato Grosso e Goiás e em algumas áreas de Minas Gerais e de São Paulo. Por enquanto, mesmo com a redução na produção, em relação ao esperado, ainda a oferta da safrinha deverá ser importante. (cf. Cepea)
Segundo novo levantamento da Conab, haveria 0,4% das lavouras da safrinha já colhidas no Brasil. Em paralelo, as lavouras restantes apresentavam 12,8% em floração, 62,2% em enchimento de grãos e 21,6% em maturação. Enquanto isso, a colheita da primeira safra atingia a 72,4% da área total prevista, sendo que São Paulo terminou a mesma, Paraná e Santa Catarina praticamente já a encerraram, o Rio Grande do Sul estava com 88% colhido, Minas Gerais 83%, Bahia 60,2%, Goiás 45%,
Piauí 23% e Maranhão 20%.
Pelo lado das exportações de milho, a Secex informou que, nos 12 primeiros dias úteis de maio, o Brasil vendeu 162.300 toneladas do cereal, volume que representa 42,2% do total exportado em todo o mês de maio do ano passado. Com isso, a média diária de exportação está 22,7% abaixo da média alcançada em maio do ano anterior. E no Paraná, segundo o Deral, 2% da safrinha já estava colhida no início da segunda quinzena de maio. Na oportunidade, 51% das lavouras estavam em boas condições, 32% estavam regulares e 17% ruins.
Por sua vez, a iniciativa privada avança que a safrinha deste ano poderá atingir 96,7 milhões de toneladas, com recuo de 10,5% sobre o ano anterior, enquanto a produtividade média ficaria em 98,8 sacos/hectare, ou seja, um recuo de 7% sobre a safra anterior. Estimativas dão conta de queda na produtividade média do milho safrinha em todos os Estados produtores. Destacam-se o Mato Grosso do Sul, com 68 sacos por hectare (97,5 na safra passada), Paraná com 90 sacos/hectare (98 na safra anterior), e São Paulo, com 77 sacos (89 sacos/hectare na última safra). Os destaques positivos são o Mato Grosso, com projeção de 118 sacos por hectare (120,1 em 2022/2023) e Goiás, com 112 sacos/hectare (119 sacos na safra passada). A produção total de milho, no Brasil, neste ano comercial está estimada em 123,4 milhões de toneladas. (cf. Rally de Safra da Agroconsult)
Autor/Fonte: CEEMA UNIJUÍ – Prof. Dr. Argemiro Luís Brum – Comentários referentes ao período entre 17/05/2024 e 23/05/2024