As precipitações ocorridas de forma mais geral no Estado, apresentaram reflexos positivos para as lavouras que estão nas seguintes fases e proporções: 4% em desenvolvimento vegetativo, 4% em floração e 15% enchimento de grãos. As em maturação alcançam 17% dos cultivos e foram pouco afetadas pela reposição de umidade, devido ao avançado estado fisiológico. A colheita foi realizada em 60% dos cultivos e os resultados obtidos consolidam a perda de produtividade. A expectativa é de redução de 53% na produtividade inicialmente estimada.
Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as chuvas na Fronteira Oeste terão pouca repercussão nos resultados da safra atual, pois a maior parte foi colhida ou tem o ciclo concluído. Na Campanha, as chuvas registradas em 27/02 foram importantes para as lavouras implantadas a partir da segunda quinzena de dezembro que estão em fase de pendoamento ou desenvolvimento vegetativo. A colheita das lavouras estabelecidas em início de setembro prosseguiu em Hulha Negra e Dom Pedrito, mantendo excelentes produtividades devido ao uso da irrigação e aos altos investimentos em fertilizantes de base e cobertura.
Na de Caxias do Sul, as chuvas seguem insuficientes e a estimativa de rendimento segue apresentando redução, mesmo em índice menor que o do Estado. Na de Erechim, há uma projeção negativa de redução no volume colhido, que supera 60% da estimativa inicial, alcançando uma produtividade média de apenas 3.500 quilos por hectare. Na de Frederico Westphalen, 4% das lavoras estão em estádio de germinação e desenvolvimento vegetativo, 1% em floração, 1% em enchimento de grãos, 8% em maturação e 86% colhido. As lavouras colhidas confirmam perdas que ultrapassam 60% na produtividade.
Na de Passo Fundo, a cultura está 5% no estágio de maturação fisiológica, 35% maduro e 60% colhida. Devido à estiagem, as perdas superam 70% de forma generalizada, mas com
chances de ampliar o prejuízo, exceto algumas lavouras irrigadas.
Na região administrativa de Ijuí, houve pequeno avanço na colheita conforme as lavouras atingiram o seu ponto ideal. Seguem os baixos rendimentos das lavouras de sequeiro. Produtores com dificuldade de colheita devido ao pequeno tamanho das espigas, em plataformas de corte e separação, que não são projetadas para esse porte.
Na regional de Pelotas, houve aumento do número de lavouras com a presença da cigarrinha. Produtores optaram por realizara a aplicação imediata de inseticidas indicados para não aumentar o dano.
Na de Porto Alegre, as lavouras em fase de florescimento e desenvolvimento vegetativo apresentam boa recuperação com o retorno das chuvas e temperaturas mais amenas. As condições permitiram a realização adubação em cobertura e capina química. Na regional de Santa Maria, as chuvas beneficiaram 33% dos cultivos, que estão em fases anteriores a maturação. A colheita alcançou 54% das lavouras e as perdas estimadas superam os 60% da projeção inicial de produção.
Na de Santa Rosa, a colheita foi realizada em 88% das lavouras. Os 12% remanescentes foram beneficiados pelas chuvas e foi possível realizar adubação nitrogenada em cobertura. No entanto, como as chuvas foram territorialmente desuniformes, parte das lavouras continua com problemas no desenvolvimento.
Na de Soledade, foi colhido 55% da produção. As lavouras com implantação tardia em sucessão a tabaco, feijão e milho safra silagem, apresentam bom desenvolvimento em função da recorrência de chuvas nas últimas semanas. Nessas lavouras, foi finalizado o controle de plantas invasoras em pós-emergência e foram realizadas adubações em cobertura.
Comercialização (saca de 60 quilos)
Segundo o levantamento semanal de preços realizado pela Emater/RS-Ascar no Rio Grande do Sul, o preço médio da saca de milho decresceu -0,48%, passando de R$ 93,10 para R$ 92,65.
Fonte: Emater-RS