Safra após safra, o caruru (Amaranthus spp.) vem ganhando espaço em lavouras brasileiras, como uma problemática planta daninha. Além do elevado potencial em causar danos, reduzindo significativamente a produtividade de culturas comerciais como a soja e milho, os casos de resistência do caruru a herbicidas fazem dele, uma preocupante planta daninha em sistemas de produção agrícola.


Veja mais: MISSÃO CARURU – Episódio 13 – Casos de Resistência no Brasil


Característica como rápido crescimento e desenvolvimento, assim como a elevada produção de sementes, possibilitam uma rápida disseminação do caruru, dificultando ainda mais o manejo dessa planta daninha. Em virtude dos casos de resistência a herbicidas, algumas populações de caruru não são controladas eficientemente com o emprego de alguns herbicidas pós emergentes, o que torna necessário a busca por outras alternativas de controle do caruru.

Conforme destacado pelo professor da UFRGS, Aldo Merotto, uma alternativa interessante para o controle do caruru e que vem demonstrando eficiência comprovada é o emprego de herbicidas pré-emergentes. Os herbicidas pré-emergentes são herbicidas utilizados para controle das plantas daninhas antes que elas emerjam do solo, atuando diretamente no banco de sementes do solo. Como principal consequência tem-se a redução dos fluxos de emergência do caruru, possibilitando um bom desenvolvimento da cultura até que ocorra o fechamento das entre linhas.

A utilização de herbicidas pré-emergentes visando o controle do caruru na soja deve respeitar as recomendações técnicas para a cultura. Para melhor eficácia de controle, alguns produtos necessitam de certa umidade no solo, sendo essencial o planejamento da aplicação desses herbicidas. Merotto destaca que resultados de pesquisa evidenciam que a irrigação após a aplicação de alguns herbicidas pré-emergentes contribui para a melhor eficiência desses produtos, corroborando a afirmação de que alguns herbicidas necessitam de umidade do solo para bom funcionamento.

Conforme resultados de pesquisa Aldo Merotto explica que dentre os herbicidas pré-emergentes com registo para a soja, os inibidores da PROTOX, inibidores da ALS e Inibidores da síntese de ácidos graxos de cadeia longa (inibidores do crescimento da parte aérea) tem demonstrado significativa eficiência de controle do caruru. Se tratando dos herbicidas inibidores da ALS, a boa eficiência de controle do caruru com o uso desses pré-emergentes tem sido observada especialmente em populações que não apresentam resistência a esse grupo de herbicidas.

Por ser considerada uma espécie fotoblásticas positiva, outra estratégia interessante para o controle do caruru é a boa cobertura do solo com a palhada residual de culturas agrícolas ou plantas de cobertura. A boa cobertura do solo impede a incidência de luz nas sementes de caruru no banco de sementes do solo, impossibilitando a germinação delas, refletindo na redução dos fluxos de emergência dessa daninha. Logo, trabalhar com adequados níveis de palhada na cobertura do solo é essencial para um eficiente manejo e controle do caruru.

Confira abaixo mais um episódio do MISSÃO CARURU com as dicas do professor Aldo Merotto.


Acompanhe nosso site, siga nossas mídias sociais (SiteFacebookInstagramLinkedinCanal no YouTube


DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.