Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a quinta-feira em baixa. O mercado foi pressionado pela previsão de chuvas no Brasil, beneficiando o plantio, e pela consolidação da maior produção da história dos Estados Unidos, com o avanço da colheita.
Os agentes já estão posicionando suas carteiras frente ao relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado na sexta. O Departamento deverá reduzir as suas estimativas para a safra e os estoques finais de soja dos Estados Unidos em 2024/25.
Analistas consultados pelas agências internacionais apostam em estoques americanos de 542 milhões de bushels em 2024/25. Em setembro, a previsão do USDA foi de 550 milhões.
Para a produção, o mercado espera um número de 4,572 bilhões de bushels para 2024/25. Em setembro, o Departamento apontou safra de 4,586 bilhões de bushels.
Em relação ao quadro de oferta e demanda mundial da soja, o mercado aposta em estoques finais 2024/25 de 134,3 milhões de toneladas. Em setembro, o número ficou em 134,6 milhões. Para 2023/24, a expectativa do mercado é de número de 112,2 milhões, abaixo dos 112,3 milhões indicados no mês passado.
Os exportadores privados norte-americanos reportaram ao USDA a venda de 166.000 toneladas de soja em grãos para a China, a serem entregues na temporada 2024/25.
O Departamento divulgou segunda-feira o relatório sobre a evolução colheita das lavouras de soja. Até 6 de outubro, a área colhida estava apontada em 47%. Na semana passada, eram 26%. Em igual período do ano passado, a colheita era de 37%. A média é de 34%.
Já sobre as condições das lavouras americanas de soja, segundo o USDA, até 6 de outubro, 63% estavam entre boas e excelentes condições, 26% em situação regular 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 64%, 25% e 11%, respectivamente.
As exportações líquidas norte-americanas de soja, referentes à temporada 2024/25, com início em 1º de setembro, ficaram em 1.264.300 toneladas na semana encerrada em 3 de outubro. Para a temporada 2025/2026, ficaram negativas em 8.400 toneladas. Analistas esperavam exportações entre 1,2 milhão e 1,8 milhão de toneladas, somando-se as duas temporadas.
Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 5,50 centavos de dólar, ou 0,53%, a US$ 10,14 3/4 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 10,31 1/2 por bushel, com perda de 5,50 centavos ou 0,53%.
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 5,10 ou 1,58% a US$ 316,10 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 43,76 centavos de dólar, com alta de 0,70 centavo ou 1,62%.
Fonte: Dylan Della Pasqua / Safras News